Comandante do Exército contraria Bolsonaro sobre coronavírus

General Pujol diz em vídeo que Força está preparada para garantir a ordem durante a crise

24 mar 2020 - 22h47
(atualizado em 25/3/2020 às 07h31)

O comandante do Exército, general Edson Pujol, afirmou nesta terça-feira, dia 24, em vídeo distribuído pela instituição que a crise do coronavírus "talvez seja a missão mais importante de nossa geração". "Vivemos o enfrentamento de uma pandemia que exige a união de todos nós brasileiro. O momento é de cuidado e de prevenção, mas também de muita ação por parte do Exército brasileiro", afirmou o general. O pronunciamento do general mostra a gravidade com que o tema está sendo tratado pelas Forças Armadas e contrasta com as declarações e pronunciamentos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro, que insiste em chamar a covid-19 de "gripezinha".

Comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, durante cerimônia em Brasília
11/01/2019 REUTERS/Adriano Machado
Comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, durante cerimônia em Brasília 11/01/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O Exército participará da operação conjunta cocebida pelo Ministério da Defesa por meio do Estado-Maior das Forças Armadas. Foram estabelecidos dez comandos conjuntos, que dividem o País. Oito deles serão comandados por generais do Exército e dois por almirantes  - Natal e Salvador. Hoje, tropas do Exército saíram ás ruas em Vitória (ES) a pedido da prefeitura da cidade para auxiliar as forças de segurança locais a conscientizar a populaçãoa  permanecer em casa.  O motivo da attuação é que o caráter coercitivo do Exército é muito maior do que o de uma guarda municipal para mandar as pessoas ficarem em casa.

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"Após rápido e minucioso exame da situação, que se mostra extremamento dinâmica, diretrizes  foram expedidas pelo comando do Exército e, em nível setorial, pelo Comando de Operações Terrestres, pelo Departamento de Pessoal e pelo Departamento de Educação e Cultura", afirmou Pujol.  No caso das escolas militares, só as que funcionam em regime d einternato continuam com aulas, as demais estão com ensuino á distância.

A mensagem do comandnate foi gravada antes do pronunciamento presidencial e sem que Pujol soubesse o que Bolsonaro ia falar na TV à noite, quando voltou a desprezar a pandemia e seus efeitos  -  até hoje, a covid-19 fez 46 mortos no Brasil e infectou 2.201 pessoas.. "Uma de nossas responsabilidades com a nação nesse momento de crise é que nossa tropa deve manter a capacidade operacional para enfrentar o desafio e fazer a diferença. Talvez seja a missão mais importante de noss ageração."

De acordo com Pujol, estão ainda sendo tomadas medidas para proteger a saúde de nossos soldados. "Os integrantes do sistema de saúde são os nossos combatentes da linha de frente. Esses profissionais estão dando exemplo de coragem e comprometimento contra a doença." O comandnate também se dirigiu à reserva e aos familiares de militares. "Contamos com ajuda de todos. O momento exige união e organização e cuidado especial com a nossa saúde e com a dos que nos cercam para que possamos superar mais esse desafio."

Por fim, o general deixou claro que o Exército estará preparadao para garantir a ordem caso seja necessário. "O braço forte atuará se for necessário. E a mão amiga estará mais estendida do que nuinca aos nossos irmãos brasileiros. Se a nossa Pátria  amada está sendo ameçada, lutaremos sem temor", concluiu o comandante.

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Dos militares que vão comandar as ações contra a doença, sete serão os comandnates de área. Assim, em São Paulo, esse posto caberá ao comandnate militar do Sudeste. A exceção será no Nordeste, pois a região foi dibvidida em três. Ali haverá três comandos, dois da Marinha e um do Exército. Outra estruturas do Exército serão mobilizadas.

Os cenários com os quais a Força e o Ministério da Defesa  estão trabalhando contemplam a pertubação da ordem durante a pandemia. Eles foram traçados pela área de inteligência das Forças Armadas. O Exército espera atuara apenas como "mãos amiga" de estados e municípios, mas estará preparado para ser o braço forte, uma alusão ao seu lema, para impor a ordem. O plano de mobilização para a crise está a cargo do Ministério da Defesa. Dentro desse esforço, o Exército está se preparando para cuidar de doentes e para atuar no transporte de materiais, suprimentos e equipamentos, em apoio logístico às autoridades civis.

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