CoronaVac contra Ômicron pode sair em três meses

Laboratório chinês, junto com o Butantã, realiza testes para neutralizar a nova variante da covid-19

7 dez 2021 - 11h05
(atualizado às 12h17)
Vacinação contra a covid-19
Vacinação contra a covid-19
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O laboratório chinês Sinovac Biotech e o Instituto Butantã, em São Paulo, estão realizando testes para neutralizar a nova variante da covid-10, batizada de Ômicron, na vacina CoronaVac. A expectativa é que o imunizante atualizado fique pronto em três meses, informa o jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira, 7.

De acordo com a reportagem, a pesquisa em laboratório deve ser concluída em 15 dias. Depois, testes em humanos serão realizados para estudar a eficácia e a segurança dessa atualização.

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Com os primeiros sinais da Ômicron, variante detectada inicialmente na África do Sul, houve o temor de que as atuais vacinas não protegessem contra a nova cepa, possibilidade que ainda é estudada.

Novas informações, porém, dão conta de casos leves de infecção da covid-19 com a Ômicron, o que tem animado a comunidade científica.

CoronaVac tem funcionado contra Ômicron

Segundo Weidong Yin, presidente do laboratório chinês Sinovac, a vacina CoronaVac tem se mostrado eficaz contra a nova variante Ômicron do coronavírus.

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As declarações do executivo da Sinovac foram dadas durante simpósio realizado no Instituto Butantan sobre a CoronaVac, vacina envasada no Brasil pelo instituto paulista e que deu a largada na campanha nacional de vacinação contra a covid-19 no país em janeiro deste ano.

"Vimos o surgimento de variantes da covid-19 e a Ômicron nos preocupa tanto. A vacina tem se provado eficaz contra essa variante e estamos desenvolvendo um novo imunizante com base na variante", disse o presidente da Sinovac, segundo nota divulgada pelo Butantan.

Após adquirir 100 milhões de doses da CoronaVac, o Ministério da Saúde não fez mais compras do imunizante para o Programa Nacional de Imunização (PNI) alegando que só adquirirá vacinas que tenham o registro definitivo junto à Anvisa. A CoronaVac tem, por ora, apenas autorização para uso emergencial e o Butantan ainda não pediu ao órgão regulador o registro definitivo para a vacina.

O instituto paulista também chegou a solicitar à agência autorização para uso da CoronaVac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, mas o órgão regulador rejeitou a solicitação sob argumento de que dados necessários para a análise não foram entregues pelo instituto.

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O Butantan tem insistido que a CoronaVac, que já está sendo aplicada em crianças no Chile, é eficaz e segura para crianças e adolescentes e realizou algumas reuniões com a Anvisa sobre o assunto. No entanto, o instituto ainda não entregou uma nova solicitação à agência para uso do imunizante nesta faixa etária.

* Com informações da Reuters 

Fonte: Redação Terra
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