Coronavírus faz cinemas, teatros e casas de show britânicos baixarem as portas

17 mar 2020 - 15h36

Redes de cinema, teatros e estabelecimentos artísticos do Reino Unido começaram a baixar as portas nesta terça-feira, quando a indústria do entretenimento adotou a diretriz mais recente do governo que visa tentar controlar a disseminação do coronavírus.

17/03/2020
REUTERS/Dylan Martinez
17/03/2020 REUTERS/Dylan Martinez
Foto: Reuters

O primeiro-ministro, Boris Johnson, na prática interditou a vida social do país na segunda-feira, e o impacto no setor de lazer se fez sentir rapidamente.

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A Cineworld, maior operadora britânica de cinemas, disse que está fechando todas suas salas no Reino Unido até segunda ordem a partir de quarta-feira, e na Irlanda a partir desta terça-feira, sendo seguida pelas concorrentes VUE e Everyman.

Algumas das casas de espetáculos mais populares de Londres, como a arena O2, a Royal Opera House, os teatros shakesperianos Globe e National e o Royal Albert Hall, de quase 150 anos de existência, baixaram as cortinas nesta terça-feira.

O bairro que concentra os teatros, que normalmente fica movimentado com os milhões de turistas que atrai todos os anos, estava mais tranquilo nesta terça-feira - e as casas se preparam para o estrago financeiro.

Algumas expressaram receio com os danos de medidas tão rígidas na quinta maior economia do mundo.

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Tim Martin, presidente e fundador da popular rede de pubs JD Wetherspoon, acusou o governo de Johnson de cometer um "erro tático", alertando que o que classificou como uma "interdição" poderia destruir a base tributária e prejudicar a economia.

Outros pediram socorro estatal para ajudar o setor artístico a sobreviver à crise.

"Em nome de nossas indústrias criativas de 111,7 bilhões de libras esterlinas, é vital que o governo implemente um auxílio para fazer com que nosso setor criativo de liderança mundial consiga sobreviver ao Covid-19", disse a presidente-executiva da Federação de Indústrias Criativas, Caroline Norbury.

Mas não houve consolo para os torcedores de esportes, já que a Euro 2020, torneio cuja final seria disputada no Estádio Wembley de Londres, engrossou uma lista crescente de adiamentos no mundo dos esportes.

Ações expostas à economia britânica, de pubs a casas de aposta e empresas de transporte, foram as mais atingidas pela notícia desta terça-feira.

Embora o governo não tenha chegado a ordenar que os estabelecimentos fechem, a Sociedade de Teatro de Londres e a UK Theatre, que representam a indústria de artes performáticas, aconselharam seus membros a ficarem atentos para tentar conter a pandemia.

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