Covid-19: 6,2 mi de brasileiros estão afastados do trabalho

Resultado registrado na segunda semana de julho é menor que o da semana anterior e que o do início de maio, aponta o IBGE

7 ago 2020 - 11h12
(atualizado às 11h26)

A população ocupada que estava afastada do trabalho devido ao distanciamento social foi reduzida para cerca de 6,2 milhões, ou 7,5% dessa fatia da população, contra os 7 milhões percebidos na semana anterior, ou 8,6% da população ocupada, segundo aponta a pesquisa Pnad Covid19 elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pessoas aguardam em fila em agência da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro para receber pagamento do auxílio emergencial
27/04/2020 
REUTERS/Ricardo Moraes
Pessoas aguardam em fila em agência da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro para receber pagamento do auxílio emergencial 27/04/2020 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Contra a primeira semana útil de maio (3 a 9 de maio) a queda foi ainda maior, de 62,6%, ou 16,6 milhões de pessoas que estavam afastadas (19,8% dos ocupados).

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A pesquisa mostra que aos poucos os trabalhadores que haviam sido afastados pelo isolamento social trazido pela pandemia da covid-19 vão retornando ao local de trabalho, Na semana entre 12 e 18 de julho, a população ocupada e não afastada do trabalho subiu para 72,5 milhões de pessoas, contra 71 milhões da semana anterior e 63,9 milhões de 3 a 9 de maio, altas de 2,1% e 13,4%, respectivamente.

Desse total, 8,2 milhões trabalhavam remotamente, ou 11,3%, registrando estabilidade em relação à semana anterior e cerca de 400 mil a menos do que o apurado pela pesquisa na semana de 3 a 9 de maio.

A Pnad Covid19 estimou em 81,8 milhões a população ocupada do país no mesmo período, com estabilidade em relação à semana anterior (81,1 milhões de pessoas) e queda em relação à semana de 3 a 9 de maio (83,9 milhões de pessoas). O nível de ocupação foi de 48%, estável frente à semana anterior (47,6%) e em queda em relação à semana de 3 a 9 de maio (49,4%).

Já a população desocupada foi estimada em 12,4 milhões de pessoas, indicando estabilidade em comparação com a semana anterior (12,2 milhões), mas com alta em relação à semana de 3 a 9 de maio (9,8 milhões). Com isso, a taxa de desocupação ficou em 13,1%, a mesma da semana anterior (13,1%) e bem acima da taxa registrada na primeira semana de maio (10,5%).

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A população fora da força de trabalho - que não estava trabalhando nem procurava por trabalho - era de 76,2 milhões de pessoas, mantendo-se estável em relação à semana anterior (76,9 milhões) e frente à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões). Nessa população, cerca de 28,0 milhões de pessoas (ou 36,7% da população fora da força de trabalho) disseram que gostariam de trabalhar. Esse contingente ficou estável em relação à semana anterior (28,3 milhões ou 36,7%) e aumentou frente à semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).

Cerca de 18,6 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho, não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam, informou a pesquisa do IBGE. Elas correspondiam a 66,4% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar. Esse contingente permaneceu estável em relação à semana anterior (19,2 milhões ou 68,0%) e em comparação com a semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 70,7%).

Saúde

A Pnad Covid19 apurou também, que na semana de 12 a 18 de julho, 13,8 milhões de pessoas (ou 6,5% da população do país) apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular) que são investigados pela pesquisa. "Esse contingente ficou estatisticamente estável frente à semana anterior (13,9 milhões ou 6,6% da população) e caiu em relação à de 3 a 9 de maio (26,8 milhões ou 12,7%)", informou o IBGE.

Cerca de 3,3 milhões de pessoas (ou 23,7% daqueles que apresentaram algum sintoma) procuraram estabelecimento de saúde em busca de atendimento (postos de saúde, equipe de saúde da família, UPA, Pronto Socorro ou Hospital do SUS ou, ainda, ambulatório /consultório, pronto socorro ou hospital privado). Esse contingente ficou estável em relação à semana anterior (3 milhões ou 21,5%) e teve queda em números absolutos (mas aumento em termos percentuais) frente à semana de 3 a 9 de maio (3,7 milhões ou 13,7%). Cerca de 85% destes atendimentos foram na rede pública de saúde, mostrou a pesquisa.

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Também ficou praticamente estável o número de pessoas que procuraram atendimento em hospital, público, particular ou ligado às forças armadas. De 12 a 18 de julho, cerca de 912 mil procuraram esses atendimentos, contra 914 mil na semana anterior, e abaixo dos 1,1 milhão registrados na primeira semana de maio. Entre os que procuraram atendimento, 135 mil (14,8%) foram internados. Nesse caso, também houve estabilidade frente à semana anterior (124 mil ou 13,6%) e a semana de 3 a 9 de maio (97 mil ou 9,1%).

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