O distanciamento social por causa da pandemia da covid-19 incrementou os serviços de drive-thru por vários cantos do Brasil. Até então muito conhecido pela indústria do fast food, o atendimento ao cliente dentro do carro tem ajudado na venda de muitos produtos. Mas vai além disso. Casamentos, por exemplo, têm sido realizados com os noivos nos veículos – medida adotada por um cartório da zona oeste do Rio.
Há também os casos clássicos de vacinas contra a gripe nas quais o paciente precisa apenas abrir a janela do carro e suspender a manga da camisa. Em São Paulo e no Ceará, testes para covid-19 têm sido feitos seguindo o modelo.
A diversidade de iniciativas como essas é bem mais abrangente. Em várias cidades do País, prefeituras já autorizaram vendas em shoppings pelo sistema drive thru. Quermesses e até feiras livres também recorreram à modernidade – estas foram testadas com sucesso em Goiás e já se espalharam por outros Estados, como São Paulo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Bahia.
Para as feiras livres, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou uma cartilha que deve ser seguida pelos comerciantes – manter distância de 1,5 metro entre as barracas e embalar os alimentos em sacos plásticos, além do uso de máscaras e álcool gel pelos vendedores.
No Paraná, o padre Reginaldo Manzotti, que também canta e escreve e está acostumado a reunir multidões em seus eventos, foi outro que aderiu à medida e já ofertou a hóstia da missa dominical aos fiéis enfileirados em carros ao redor de sua paróquia, de Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba.
Nada disso, porém, parece tão inusitado quanto à ação de um clube de strip-tease em Oregon, nos Estados Unidos, o Lucky Devil, que cobra 30 dólares para que dançarinas se exibam dentro de uma distância mínima dos ocupantes de carros que querem se divertir com o show, que dura alguns minutos, sem risco de contrair a covid-19. Por enquanto, casos como esse, ainda não foram promovidos no Brasil.