A Itália é o segundo país na Europa, depois da Alemanha, com o maior número de pessoas vacinadas contra o novo coronavírus Sars-CoV-2: são 72.397 cidadãos desde o início da campanha de imunização entre 30 e 31 de dezembro.
Os dados foram divulgados neste domingo (3) no portal online do comissário extraordinário para a emergência sanitária na Itália, Domenico Arcuri.
A região do Lazio lidera o número de administrações do imunizante desenvolvido pela farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório alemão BioNTech, com 16.366 vacinações (35,7% da quantidade total de doses disponíveis). Na sequência aparecem Piemonte (9.478 - 23,2%), Toscana (6.824 - 24,4%) e Campânia (6.671 - 19,7). A Lombardia, por sua vez, está muito atrás das demais em números absolutos (2.446 - 3%).
Nos primeiros três dias da campanha, mais de 52 mil doses foram aplicadas, pouco mais de um em cada 10 dos 469.950 frascos entregues ao país. No exterior, no entanto, o ritmo continua em ritmo bem superior, principalmente em Israel, que vacinou mais de 11% da população, na Inglaterra, Alemanha, Polônia e Croácia.
Até o momento, muitos países estão à frente da Itália, que até agora imunizou 0,08% dos cidadãos - a vacina, por enquanto, não é exigida para menores de 16 anos, o que deve ser levado em consideração. A lentidão, porém, está relacionada à falta de profissionais de saúde e seringas.
"Precisamos de uma aceleração potente", avisa a subsecretária de Saúde, Sandra Zampa, destacando que "as regiões devem começar a correr". "Nenhuma dose aproveitável pode esperar para ser usada, nem por algumas horas".
Os números mostram a aplicação de vacinas do segundo lote enviado pela Pfizer ao país. A empresa produz a BNT 162b, e a segunda entrega sofreu alterações por conta de problemas logísticos e de mau tempo.