O balanço mais recente do Ministério da Saúde, divulgado na tarde desta quinta-feira, aponta que mais 58 pessoas morreram em território nacional por conta do novo coronavírus, chegando ao número de 299 vítimas fatais desde o início da pandemia. O número de casos confirmados saltou de 6.836 para 7.910, com taxa de letalidade de 3,8%.
O novo registro de mortes nas últimas 24 horas representa novo recorde, com 16 a mais que o maior número até então, ocorrido na última terça-feira. Dessas 299, 188 ocorreram no estado de São Paulo, que lidera com boa margem em relação aos demais estados e registra 3.506 casos confirmados. Em segundo está o Rio de Janeiro, com 41 mortes e 992 casos, seguido pelo Ceará (20 mortes e 550 casos).
Dos quase 8 mil casos confirmados, o Sudeste tem 63% deles - 4.988, bem à frente da segunda região com mais confirmações, o Nordeste, que tem 1.180 - ou 15%. Logo depois aparecem o Sul (833 casos, 10%), Centro-Oeste (532 casos, 7%) e Norte (377 casos, 5%). Apenas quatro estados, até o momento, não registraram óbitos pelo novo coronavírus: Acre, Amapá, Mato Grosso, Roraima e Tocantins.
Embora o pico da pandemia ainda não tenha sido alcançado no Brasil, os sistemas de saúde público e privado já enfrentam sobrecarga por causa do aumento do número de internações e registram até 38% de seus leitos ocupados por pacientes com infecção suspeita ou confirmada da doença.
Segundo levantamento feito pelo Estado de dados e relatos de profissionais e pacientes de 12 hospitais da rede pública e particular do País, entre eles os Hospitais Albert Einstein, o Sírio Libanês, hospitais da rede Sancta Maggiore, a Santa Casa de São Paulo e o Hospital São Paulo, o número crescente de internações por problemas respiratórios nas unidades já leva UTIs ao limite, pacientes esperam mais de 24 horas por leitos e hospitais veem sua capacidade ser tomada cada vez mais por pacientes com sintomas da covid-19.
Para retardar o avanço da doença e conter a sobrecarga do sistema de saúde, o Ministério da Saúde recomenda isolamento social. Conforme publicado hoje pelo jornal O Globo e confirmado pelo Ministério da Saúde ao Estado, a pasta está sem estoques de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas, para distribuir a profissionais de saúde, e aguarda resultado de negociação com fornecedores do exterior. A expectativa é que a reposição do estoque seja encaminhada ainda na noite desta quinta-feira, 2.
Com informações do Estadão Conteúdo.