Uma mulher de 82 anos se tornou a primeira vítima fatal de coronavírus em Nova York, disseram autoridades neste sábado, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou emergência nacional e a propagação da pandemia interrompeu grande parte da rotina diária dos norte-americanos.
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, afirmou que a mulher, que já sofria de enfisema, foi hospitalizada em Manhattan em 3 de março. Ele disse a repórteres que o número de casos no Estado aumentou para 524. Em todo o país, mais de 2.000 pessoas foram infectadas e 50 morreram.
Na sexta-feira, Trump declarou emergência nacional em uma medida que, segundo ele, trará "todo o poder do governo federal" para suportar a escalada da crise na saúde, liberando cerca de 50 bilhões de dólares em ajuda. Ele também pediu a todos os Estados a criação de centros de emergência para ajudar a combater o vírus.
Neste sábado, seu governo deve estender ao Reino Unido uma proibição de viagens procedentes da Europa que entraria em vigor na segunda-feira à noite, segundo companhias aéreas e autoridades dos EUA.
Sinalizando uma nova etapa nas medidas de prevenção para proteger líderes norte-americanos do coronavírus, a Casa Branca instituiu no sábado uma política de verificação da temperatura dos jornalistas na sala de briefing da Casa Branca.
A pandemia obrigou o fechamento de escolas públicas, eventos esportivos e locais culturais e de entretenimento nos Estados Unidos.
Compradores norte-americanos esvaziaram prateleiras dos supermercados em produtos que variam de desinfetantes a arroz, fazendo com que os varejistas corressem para reabastecer suas lojas. Em resposta, os principais varejistas impuseram alguns limites de compra.
O coronavírus afetou também a eleição presidencial dos EUA deste ano, após Louisiana anunciar na sexta-feira que adiou suas primárias democratas e republicanas.