Já se encaminhando para a preparação do relatório final, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid viu seus mais recentes depoentes, ambos ligados à Precisa Medicamentos, adotarem a estratégia do "nada a declarar". Apesar de continuarem na próxima semana, as oitivas, no entanto, não estão mais no foco da comissão. É o que informa a colunista Eliane Cantanhêde no novo episódio de Por Dentro da CPI.
"A CPI vai caminhando para o seu final e esperamos um relatório muito denso, com mais de mil páginas e citando o presidente da República, Jair Bolsonaro", informa a jornalista do Estadão.
A previsão do relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), é de que os trabalhos se encerrem em meados de setembro. Pensando nisso, a cúpula da comissão se reuniu nesta semana com o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que vai receber o relatório final do colegiado.
Segundo Eliane, a conversa foi "enviesada", com clima de "toma-lá, dá cá". isso porque, já que na semana que vem, Aras passa por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e terá sua indicação à recondução na PGR analisada pelo plenário da Casa.
"Na conversa ficou no ar alguma coisa assim: 'Vocês senadores votam em mim e depois eu acolho e dou andamento ao relatório final da CPI'", relata a jornalista. Segundo ela, o presidente e o relator da CPI, senadores Omar Aziz (PSD-AM)e Renan Calheiros, respectivamente, ficaram animados com a possibilidade, que não convenceu o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).