Crivella diz que proibirá saída às ruas sem máscaras no Rio

Prefeito afirmou que publicará um decreto que determine o uso da proteção; ele também reclamou da demora para receber equipamentos

17 abr 2020 - 16h23
(atualizado às 16h35)
Crivella diz que vai proibir que cariocas saiam às ruas sem máscaras
Crivella diz que vai proibir que cariocas saiam às ruas sem máscaras
Foto: Getty Images / Goal

RIO - Sem dar uma data específica, mas dizendo "a partir de agora", o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, afirmou que vai publicar um decreto que proíbe os cariocas de saírem às ruas sem máscaras. A afirmação foi feita quando o prefeito comentava a situação da cidade no contexto da pandemia do coronavírus. Segundo ele, é para todos usarem a proteção - "do prefeito ao gari".

Crivella esteve pela manhã no Riocentro, na zona oeste, onde está sendo construído o hospital de campanha da prefeitura, com 500 leitos. Na ocasião, mostrou preocupação com a sobrecarga do sistema de Saúde, que, segundo reportagens publicadas pela imprensa, começa a dar sinais de colapso.

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A Prefeitura anunciou, a fim de diminuir a fila de espera para as vítimas da covid-19, mais dez leitos no hospital Ronaldo Gazolla, na zona norte, que é o hospital de referência do município para a doença. A unidade já estava no limite da ocupação de seus 50 leitos de UTI.

Outra crítica do prefeito tem como alvo a demora para a chegada de equipamentos à cidade. Ele afirma que as obras do novo hospital estão praticamente prontas, mas tem medo de que os materiais necessários para o atendimento de pacientes só chegue no final do mês.

Crivella também reclamou de pessoas que não estão respeitando o isolamento social, principalmente nas comunidades e em bairros pobres da cidade.

"Tem jovens que estão nos bares, na convivência social, que não respeitam o afastamento social e não manifestam os sintomas, mas podem estar contaminando outras pessoas nas suas casas ou no seu convívio", apontou o prefeito.

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Seguindo uma linha que vai na contramão do que prega seu mais novo aliado, o presidente Jair Bolsonaro, Crivella defendeu ainda que o comércio continue fechado na capital fluminense - e chegou a fazer um apelo para que o Tribunal de Justiça não conceda liminares que permitam a abertura das lojas.

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