Datafolha: 22% não pretendem se vacinar contra a covid-19

Em pesquisa anterior, feita pelo instituto em agosto, porcentual era de 9%; recusa é maior a imunizante de origem chinesa

12 dez 2020 - 15h14
(atualizado às 15h56)

SÃO PAULO - O índice de brasileiros que não pretendem se vacinar contra a covid-19 aumentou nos últimos meses e já chega a 22%, segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo neste sábado, 12.

O porcentual é muito superior aos 9% que haviam declarado recusa ao imunizante em pesquisa realizada em agosto, também pelo Datafolha.

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No mais recente levantamento, feito entre 8 e 10 de dezembro com 2.016 brasileiros adultos em todas as regiões e Estados do País, além dos 22% hesitantes, 73% dos entrevistados disseram que vão aderir à vacinação e outros 5% se mostraram indecisos.

Sobe para 22% índice de brasileiros que não querem se vacinar contra covid, aponta Datafolha
Sobe para 22% índice de brasileiros que não querem se vacinar contra covid, aponta Datafolha
Foto: PATRICIA BORGES/AM PRESS & IMAGES / Estadão Conteúdo

A pesquisa revela ainda que embora haja pouca diferença nas respostas de acordo com gênero, idade ou escolaridade, a recusa pode variar bastante de acordo com a origem da vacina.

A maior resistência está relacionada a um imunizante desenvolvido na China, que não seria aceito por 47% dos entrevistados. A recusa a vacinas dos EUA, Inglaterra e Rússia ficaram em 23%, 26% e 36%, respectivamente.

A resistência à imunização é maior também entre os que dizem confiar no presidente Jair Bolsonaro. Ele já fez críticas sem provas à Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, e se mostrou contrário à obrigatoriedade da vacinação.

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De acordo com a pesquisa, o índice de brasileiros que não pretendem tomar a vacina variou de 16% entre os que nunca confiam em Bolsonaro a 33% entre os que disseram sempre confiar no presidente.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais. Ela foi feita por meio de entrevistas telefônicas, o que, de acordo com o Datafolha, exige questionários rápidos, sem utilização de estímulos visuais e, por isso, devem ter seus dados analisados com cautela.

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