Doria compara atuação de Bolsonaro na pandemia com genocídio

"Em outro país isso talvez fosse classificado como genocídio", disse o governador de São Paulo sobre a falta de oxigênio em Manaus

15 jan 2021 - 14h24
(atualizado às 16h37)

O comportamento do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia de covid-19 talvez fosse considerado genocídio em um outro país, disse nesta sexta-feira o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB).

Doria, em entrevista em São Paulo
 7/1/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Doria, em entrevista em São Paulo 7/1/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, Doria classificou como "inacreditável" declaração dada mais cedo por Bolsonaro de que o governo federal cumpriu com sua parte diante do colapso da saúde pública em Manaus, onde pacientes morreram asfixiados por falta de oxigênio.

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"Em outro país isso talvez fosse classificado como genocídio", disse Doria, que antes chegou a se exaltar e bater com o telefone celular no púlpito ao ler uma notícia divulgada pela CNN Brasil de que o Estado do Amazonas estava pedindo a outros Estados que recebam bebês prematuros afetados pela falta de oxigênio no sistema hospitalar de Manaus.

"Gente, é o fim do mundo isso! É o fim do mundo! Para quem é pai, quem é mãe, não tem oxigênio para bebê!", afirmou.

Doria é desafeto político de Bolsonaro e apontado como provável candidato à Presidência da República em 2022, enquanto Bolsonaro, que ataca frequentemente o governador paulista, já anunciou que tentará a reeleição.

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