O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foi ao Twitter na noite desta quinta-feira esclarecer o que chamou "confusão" sobre declaração recente em torno da Coronavac.
Mais cedo, o portal Metrópoles publicou entrevista com o governador com a manchete "Doria afirma que Coronavac pode ser aplicada no Brasil mesmo sem aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)". "Há confusão em relação à minha declaração sobre a validação da Coronavac junto à Anvisa. Existe diferença entre validar uma vacina fora do País e autorizar sua aplicação em território nacional", disse Doria, na rede social.
Segundo o governador, a Coronavac, vacina em desenvolvimento pelo Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, pode ser registrada em agência internacional antes da validação junto à Anvisa. "Mas reitero nossa confiança no registro da Coronavac pela Anvisa para sua aplicação", ponderou o tucano.
A vacina pode sim ser registrada em agência internacional integrante do ICH-International Council for Harmonisation of Technical Requirements for Pharmaceuticals, do qual o Brasil faz parte. Mas reitero nossa confiança no registro da Coronavac pela Anvisa para sua aplicação.
— João Doria (@jdoriajr) November 26, 2020
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, Doria voltou a afirmar que o governo estadual tem um plano alternativo para garantir a imunização dos paulistas caso o governo insista em não apresentar a inclusão da vacina no programa de imunização. "Não vamos esperar morrerem mais pessoas para a aplicação de vacinas. Vamos vacinar e salvar os brasileiros de São Paulo, se necessário for.
Em nota, a Anvisa disse que "eventual aprovação de uma vacina pela autoridade regulatória da China NÃO implica aprovação automática para o Brasil". Ainda conforme o órgão federal, mesmo após o registro por autoridades estrangeiras, a análise da Anvisa é necessária para verificar se há evidências de que a vacina é eficaz e segura em brasileiros, as condições técnicas da fábrica do imunizante que virá para o País, prazos de validade e medidas de preservação do produto, além de ações para acompanhar e tratar eventuais efeitos colateraisi. /COLABOROU PEDRO CARAMURU