O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quarta-feira que não haverá afrouxamento da quarentena adotada para conter o coronavírus no Estado com uma taxa de adesão ao isolamento social de 48%, como vem sendo registrado nos últimos dias.
"Não há qualquer condição de flexibilização de isolamento com 48% de taxa de isolamento e evidentemente com os riscos de colapso no atendimento público nos hospitais", disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
O sistema de monitoramento do governo paulista apontou taxa de isolamento social de 48% no Estado na segunda e na terça-feira. Autoridades de saúde têm apontado um índice de 70% como ideal para frear o avanço do vírus, mas também pedido que ela se mantenha acima de 50% e, preferencialmente, próxima de 60%.
Recentemente Doria anunciou que poderia flexibilizar a quarentena do Estado a partir de 11 de maio, mas afirmou que os detalhes, que devem ser anunciados em 8 de maio, dependerão de critérios como as taxas de isolamento social e de ocupação de leitos, além do avanço da pandemia.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde paulista, a taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) no Estado está em 68%, enquanto as de enfermaria está em 47%. Na região metropolitana da capital paulista, 85% dos leitos de UTI estão ocupados, enquanto a ocupação dos de enfermaria é de 75%.
Na terça, São Paulo chegou a 2.049 mortes confirmadas pela Covid-19, um acréscimo de 224 óbitos em relação ao dado do dia anterior. O número também mostrou crescimento percentual de dois dígitos tanto no número de mortes como de casos.