Doses de reforço das vacinas contra covid-19 dão uma proteção significativa contra doenças brandas causadas pela variante Ômicron, em parte revertendo a queda acentuada na eficácia dos imunizantes, disse a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) nesta sexta-feira.
As conclusões iniciais de um estudo empírico são parte dos primeiros dados sobre a proteção contra Ômicron não saídos de estudos de laboratório, que têm mostrado uma atividade neutralizadora reduzida das vacinas contra a Ômicron.
"Estas estimativas iniciais deveriam ser tratadas com cautela, mas indicam que, alguns meses após a segunda vacina, existe um risco maior de contrair a variante Ômicron na comparação com a linhagem Delta", disse Mary Ramsay, chefe de imunização da UKHSA, acrescentando que se acredita que a proteção contra doenças graves deve se manter alta.
"Os dados levam a crer que este risco é consideravelmente reduzido após uma vacina de reforço, então peço a todos que recebam seu reforço quando estiverem habilitados", acrescentou.
Em uma análise de 581 pessoas com Ômicron confirmada, duas doses das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer-BioNTech proporcionaram níveis muito mais baixos de proteção contra infecções sintomáticas quando se compara com a variante Delta.
No entanto, quando reforçada com uma dose da vacina da Pfizer, houve cerca de 70% de proteção contra a infecção sintomática para as pessoas que receberam inicialmente a vacina da AstraZeneca, e cerca de 75% de proteção para aquelas que receberam Pfizer.
Em comparação, a proteção da dose de reforço contra a variante Delta chega a cerca de 90%.