EUA revogam uso emergencial da cloroquina para covid-19

Agência reguladora recua sobre posicionamento, mesmo com a defesa feita por Trump sobre o uso do medicamento

15 jun 2020 - 13h46
(atualizado às 14h53)

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) revogou nesta segunda-feira, 15, a autorização de uso emergencial da cloroquina e da hidroxicloroquina para tratar pacientes da covid-19, apesar da defesa feita pelo presidente dos EUA, Donald Trump, do uso dos medicamentos contra malária para tratar a doença provocada pelo novo coronavírus.

27/05/2020
REUTERS/George Frey
27/05/2020 REUTERS/George Frey
Foto: Reuters

A FDA disse que, com base em novas evidências, não é mais razoável acreditar que o uso da hidroxicloroquina e da droga relacionada cloroquina pode ser eficaz no tratamento da doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

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A decisão foi tomada depois que vários estudos sobre os medicamentos sugeriram que eles não eram eficazes, incluindo um estudo amplamente divulgado no início deste mês que mostrou que as substâncias não conseguiram impedir a infecção em pessoas que foram expostas ao vírus.

Em março, Trump disse que a hidroxicloroquina usada em combinação com o antibiótico azitromicina tinha "uma chance real de ser uma das maiores mudanças na história da medicina", apesar das poucas evidências para apoiar essa alegação.

Mais tarde, ele disse que tomou os medicamentos preventivamente depois que duas pessoas que trabalhavam na Casa Branca foram diagnosticadas com covid-19.

Assim como Trump, o presidente Jair Bolsonaro também é um defensor do uso da cloroquina para tratar a covid-19. Por determinação do presidente, o Ministério da Saúde passou a recomendar o uso do medicamento para tratar pacientes com a doença desde o início dos sintomas.

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