O governo francês mais que dobrou nesta quinta-feira o custo esperado de suas medidas de resposta de crise para lidar com a pior recessão desde pelo menos a Segunda Guerra Mundial, elevando o déficit orçamentário e a dívida nacional a níveis recordes.
O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, disse ao jornal Les Echos que o governo agora espera que seu pacote de crise custe 100 bilhões de euros -- mais de 4% do PIB e acima das expectativas de 45 bilhões de euros de menos de um mês atrás.
"Esses números ainda podem mudar, já que a situação econômica e a necessidade de suporte das empresas estão mudando rapidamente. Estamos empenhados em salvar nossas empresas", disse Le Maire.
O governo apresentará sua segunda atualização do Orçamento para 2020 na próxima quarta-feira, que Le Maire disse que prevê que a economia recuará 6% -- maior contração desde 1945.
Com a atividade econômica em queda livre e os gastos de crise disparando, o déficit orçamentário do setor público atingirá 7,6% da produção econômica este ano, disse o ministro do Orçamento, Gerald Darmanin, em entrevista conjunta com Le Maire.