O governo federal informou nesta segunda-feira, que fará reuniões com as empresas farmacêuticas para tentar estratégicas que melhorem a situação do fornecimento de medicamentos para intubação, hoje escassos na maior parte do país.
Em nota conjunta assinada pelos ministérios da Saúde e das Comunicações, o governo informa que foram feitas reuniões neste final de semana para avaliar os estoques de cada Estado e traçadas estratégias para tentar evitar o desabastecimento.
Entre elas, a requisição de estoques excedentes da indústria que já não tiverem com entrega prevista em contratos anteriores, aquisições internacionais via Organização Panamericana de Saúde (Opas), e pregões eletrônicos nacionais com a participação dos Estados.
Na semana passada, o Fórum de Governadores, em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro, informou que na maior parte dos Estados alguns medicamentos vitais para intubação, como neurobloqueadores, sedativos e relaxantes musculares, tinham estoques para no máximo 20 dias.
Grupos de hospitais privados e planos de saúde revelaram que no setor privado a situação é ainda mais crítica, já que as requisições do ministério teriam dificultado a compra dos medicamentos.
Na nota, o governo se diz "atento e preocupado" com o avanço dos casos de covid-19 no país e que "trabalha incansavelmente" para garantir assistência aos Estados e municípios.
Ao mesmo tempo, afirma que a aquisição dos medicamentos do chamado "kit intubação" são responsabilidades dos governos estaduais e dos municipais, apesar de o Ministério da Saúde ter feito requisições diretas às empresas.