O governo de São Paulo informou nesta quarta-feira, 3, que prevê flexibilizar o uso de máscaras no início de dezembro. Para que isso ocorra, é necessário que o Estado avance em quatro indicadores, que monitoram desde a cobertura vacinal da população à quantidade de internações pela covid-19.
"A posição do Comitê Científico do Estado de São Paulo é que este momento ainda não é seguro, adequado para a liberação do uso das máscaras", disse o coordenador-executivo do Comitê Científico, João Gabbardo. Segundo ele, o Estado ainda está em "uma transição importante", com atividades voltando à normalidade. "Então, nós esperamos observar melhor essas questões antes da liberação das máscaras", acrescentou.
O Comitê Científico, que assessora o governo Doria, definiu que irá monitorar um conjunto de quatro indicadores. Uma das metas a ser atingida, apontou Gabbardo, é que a cobertura vacinal com duas doses ou dose única atinja 75% da população adulta. Atualmente, o índice está em 68,5%. As outras três metas são:
- A média móvel de novos casos deve ficar abaixo de 1.100 (atualmente, o índice está próximo de 800);
- A média móvel de novas internações deve ser inferior a 300 (atualmente, o número está abaixo de 400);
- A média móvel de óbitos deve ser inferior a 50 (atualmente, o índice está pouco acima de 60).
As medidas de flexibilização do uso de máscaras, portanto, estará condicionada ao cumprimento desses indicadores. "Quando nós atingirmos os quatro indicadores, o Comitê Científico encaminhará ao governo do Estado a possibilidade da liberação do uso das máscaras em ambientes abertos e sem aglomeração", informou Gabbardo.
Se os indicadores continuarem avançando, o coodenador-executivo do Comitê prevê atingir os objetivos no final de novembro. "Dessa forma, para o início do mês de dezembro, é possível que haja a liberação do uso de máscaras em ambientes abertos e sem aglomeração", disse Gabbardo. No Rio de Janeiro, o uso de máscaras em locais abertos deixou de ser obrigatório desde o final de outubro.