A nova liberação de recursos do FGTS para os trabalhadores pode ficar em torno de R$ 1 mil por conta, segundo duas fontes do governo informaram ao Estadão/Broadcast.
A estimativa é de que cerca de 60 milhões de contas serão beneficiadas pela medida.
O valor representa o limite possível de ser liberado nas contas sem comprometer a sustentabilidade do FGTS, de acordo com os integrantes do governo. O martelo ainda será batido nos próximos dias.
O governo estima uma injeção de aproximadamente R$ 34 bilhões com a nova rodada de saques. Desse valor, R$ 20 bilhões virão da transferência de recursos que hoje estão parados no Fundo PIS/Pasep.
Outros R$ 14 bilhões já haviam sido disponibilizados por meio do 'saque imediato' aprovado no ano passado, mas ainda não foram resgatados. Com o fim do prazo de saque amanhã, 31, o dinheiro servirá para dar lastro às novas liberações.
Contas com saldo menor que R$ 1 mil poderão sacar a integralidade dos recursos.
De acordo com uma fonte da área econômica, o objetivo é garantir um valor parecido com a cifra final assegurada pelo Congresso no último saque imediato. Os parlamentares permitiram que contas com saldo de até um salário mínimo (então em R$ 998) pudessem resgatar até esse valor.
Nos últimos dias, técnicos se debruçaram sobre os cálculos da margem para uma nova liberação de saldos do FGTS. As estimativas precisaram levar em conta os fluxos de receitas e despesas do fundo - cerca de R$ 30 bilhões em arrecadação serão adiados para o segundo semestre como forma de dar alívio às empresas no momento mais grave da crise da pandemia do novo coronavírus.
O FGTS serve de fonte para financiamentos da casa própria, de saneamento e de infraestrutura a juros mais baixos.