As pessoas precisam enfrentar a pandemia de coronavírus e a crise climática simultaneamente, disse a ativista climática sueca Greta Thunberg em um evento do Dia da Terra nesta quarta-feira.
Thunberg, que conquistou fama aos 15 anos quando começou a faltar à escola às sextas-feiras para protestar contra as emissões de carbono diante do edifício do Parlamento da Suécia, afirmou que as ações sincronizadas para enfrentar o surto de coronavírus não significam que a crise climática desapareceu.
"Hoje é o Dia da Terra, e isso nos lembra que o clima e a emergência ambiental continuam e que precisamos enfrentar a pandemia do corona... ao mesmo tempo em que enfrentamos a emergência climática e ambiental, porque precisamos enfrentar as duas crises ao mesmo tempo", declarou Thunberg.
Participando de um evento transmitido pela internet para marcar o Dia da Terra, criado 50 anos atrás para enfatizar os desafios ambientais, ela disse que o surto de coronavírus significa que é mais importante do que nunca ouvir cientistas e outros especialistas. "Isto serve para todas as crises, seja a crise do corona ou a crise climática que ainda continua e não está desacelerando, mesmo em um momento como este."
O ano passado foi o mais quente já registrado na Europa, o que ampliou uma série de anos excepcionalmente quentes provocados por níveis recordes de gases de efeito estufa na atmosfera, de acordo com um estudo divulgado no Dia da Terra.
A greve estudantil de Thunberg desencadeou um movimento global e transformou a jovem, hoje com 17 anos, no equivalente de uma celebridade ambiental.
Fundadora do movimento juvenil Sextas-Feiras pelo Futuro, Thunberg e seus apelos ardorosos de ação contra a mudança climática cativaram a imaginação de muitos jovens, mas incomodaram alguns líderes mundiais - como o presidente norte-americano, Donald Trump.
Em março, ela afirmou que provavelmente foi infectada com o coronavírus depois de viajar a países afetados, mas que seus sintomas eram brandos e que não havia sido examinada.
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