Importações de carne bovina da China despencam devido ao coronavírus

10 abr 2020 - 11h29

Pouco mais de dois meses atrás, o restaurante Jinyuan Fucheng Beef Hotpot, situado no norte de Pequim, tinha uma fila longa de clientes do lado de fora quase todas as noites da semana.

Restaurante vazio em Pequim
07/04/2020
REUTERS/Tingshu Wang
Restaurante vazio em Pequim 07/04/2020 REUTERS/Tingshu Wang
Foto: Reuters

Agora, o restaurante para 800 pessoas mal preenche 20 mesas por dia, já que a maioria das pessoas ainda receia jantar fora depois que a doença respiratória contagiosa causada pelo novo coronavírus matou mais de 3.300 pessoas e infectou quase 82 mil na China.

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A redução acentuada dos negócios nas redes chinesas de restaurantes de ensopado e churrascarias antes florescentes está atingindo duramente a indústria global de carne bovina -- antes os principais exportadores vinham aumentando os suprimentos para atender a demanda chinesa crescente.

A China é o segundo maior mercado de carne bovina do mundo, só perdendo para os Estados Unidos, e o que mais cresce, graças ao aumento da renda, que elevou as importações em ao menos 20% ao ano nos últimos cinco anos.

Embora os chineses consumam muito mais carne de porco, a epidemia de febre suína detectada em agosto de 2018 reduziu o rebanho suíno do país em cerca de 50% e também fez os consumidores procurarem mais carne bovina.

Em 2019, as importações chegaram a 1,7 milhão de toneladas, 60% mais do que no ano anterior, e cerca de 70% deste montante foi consumido em restaurantes, de acordo com estimativas de analistas e de fontes da indústria.

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Agora, a procura está "muito fraca", disse um comerciante de uma estatal que compra do Brasil, Argentina e Uruguai e que está encomendando cerca de 30% dos níveis do ano passado.

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