Indonésia anuncia eficácia de 65,3% da Coronavac em testes

Eficácia apontada por órgão regulador indonésio é menor que a divulgada pelo Instituto Butantã no Brasil; uso emergencial foi liberado

11 jan 2021 - 07h14
(atualizado às 07h38)

A Indonésia aprovou na manhã desta segunda-feira, 11, o uso emergencial da Coronavac, vacina contra covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac que, no Brasil, contou com a parceria do Instituto Butantã. O órgão regulador indonésio relatou taxa de eficácia de 65,3% após testes próprios, inferior à eficácia de 78% informada pela instituição brasileira.

Caixas da CoronaVac
05/01/2021
China Daily via REUTERS
Caixas da CoronaVac 05/01/2021 China Daily via REUTERS
Foto: Reuters

A imunização na Indonésia está marcada para começar já nesta semana. O presidente Joko Widodo deve ser o primeiro cidadão a receber a dose da Coronavac no país. "Por que o presidente é o primeiro? Não para se colocar na frente, mas para que todos acreditem que a vacina é segura e lícita", escreveu Widodo em seu Twitter na última quinta-feira.

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A vacina contra o novo coronavírus da Sinovac passou por testes clínicos de fase três em Brasil, Indonésia e Turquia - país que, por sua vez, anunciou eficácia de 91,25%.

Brasil

A Coronavac ainda aguarda autorização da Anvisa para uso emergencial no País. De acordo com o órgão regulador brasileiro, o Instituto Butantã não entregou toda a documentação necessária para os trâmites legais. Em entrevista à CNN Brasil na noite de ontem, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que vai analisar as pendências com a Anvisa ainda nesta manhã.

Epidemiologistas e microbiologistas têm pedido à equipe da Coronavac no Brasil a disponibilização dos estudos completos do imunizante, ainda não divulgados. Como explicou ao Estadão/Broadcast o infectologista Esper Kallas, professor da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do centro da pesquisa da Coronavac no Hospital das Clínicas, a taxa de eficácia de 78% informada na última quinta-feira é somente um recorte do estudo da vacina e não corresponde ao índice geral de eficácia, que deve ficar abaixo dos 78% informados.

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