O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) manifestou profunda preocupação nesta quarta-feira sobre "a rápida escalada e disseminação global" das infecções pelo novo coronavírus, que já atingiu 205 países e territórios.
"Nas últimas cinco semanas, houve um crescimento quase exponencial no número de novos casos e o número de mortes mais que dobrou na semana passada", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da OMS, em uma entrevista coletiva virtual em Genebra.
"Nos próximos dias, chegaremos a 1 milhão de casos confirmados e 50 mil mortes em todo o mundo", afirmou Tedros.
Na coletiva, um jornalista brasileiro pediu a posição da OMS após o presidente Jair Bolsonaro, na manhã de terça-feira distorcido declarações de Tedros.
Na ocasião, Bolsonaro disse a apoiadores que o diretor-geral da OMS teria se associado a ele e defendido que trabalhadores informais voltem a trabalhar, a despeito das medidas de restrição de movimentação impostas para conter a disseminação do coronavírus.
Mike Ryan, principal especialista em emergências da OMS, foi quem respondeu ao questionamento na coletiva desta tarde, dizendo que a orientação da organização, não só ao Brasil, é que os países adotem as medidas necessárias para fortalecer seus sistemas de saúde.