Infectologista é o 1º a receber vacina de Oxford no Brasil

Imunizante foi liberado para distribuição. Os estados que mais receberão ampolas são: São Paulo (501.960) e Minas Gerais (190.500)

23 jan 2021 - 17h54
(atualizado às 18h13)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou na tarde deste sábado (23) a aplicação das primeiras doses da vacina Oxford/AstraZeneca, que chegaram ao Brasil ontem em um voo da Índia.

Ao todo, 10 pessoas receberam a vacina, incluindo a médica pneumologista do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, da Fiocruz, Margareth Dalcolmo.

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O infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Estevão Portela, foi o primeiro profissional de saúde a ser vacinado pelo imunizante.
O infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Estevão Portela, foi o primeiro profissional de saúde a ser vacinado pelo imunizante.
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

A Fiocruz liberou as doses para serem entregues ao Ministério da Saúde e, em seguida, distribuídas pelo Brasil, após realizar um processo de análise de segurança. O governo prevê entregar todas as doses no domingo (24).

Os estados que mais receberão ampolas são: São Paulo (501.960), Minas Gerais (190.500), Rio de Janeiro (185.000), Amazonas (132.500), Bahia (119.500) e Rio Grande do Sul (116.000).

As vacinas foram fabricadas pelo Instituto Serum, na Índia, e eram aguardadas desde sábado passado (16), mas sofreram atraso no envio por questões internas da Índia.

Durante esta madrugada, as doses tiveram a temperatura avaliada e, na sequência, foram etiquetadas. Cada uma das caixas tem 50 frascos e 500 ampolas do imunizante.

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O medicamento de Oxford/AstraZeneca apresentou eficácia média de 70,42%, segundo estudo preliminar publicado na revista científica The Lancet no início de dezembro e validado pela Anvisa.

Ele utiliza um adenovírus que provoca resfriado em chimpanzés e é inofensivo para humanos, mas contendo a sequência genética responsável pela codificação da proteína "spike", usada pelo Sars-CoV-2 para atacar.

Essa sequência genética instrui as células humanas a produzirem a proteína, que será reconhecida como agente invasor pelo sistema imunológico, estimulando a geração de anticorpos. O método é um dos mais tradicionais na produção de vacinas.

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