O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, assinou neste sábado (13) um contrato para comprar até 400 milhões de doses da possível vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) desenvolvida pela Universidade de Oxford. Juntamente com os ministros da Saúde da Alemanha, França e Holanda, o político italiano firmou uma parceria com a empresa AstraZeneca, que tem um acordo com Oxford para a produção da vacina em escala global, para garantir o medicamento "para toda a população europeia".
A candidata é baseada em um adenovírus de chimpanzés contendo a proteína spike, usada pelo Sars-CoV-2 para agredir as células humanas. A terceira e última fase do ensaio clínico acontecerá simultaneamente no Reino Unido e no Brasil.
"O compromisso prevê que o caminho da experimentação, já em estado avançado, termine no outono com a distribuição da primeira parcela de doses", explicou Speranza, no Facebook. As doses de testagem da ChAdOx1 nCoV-19 foram produzidas pela empresa italiana Advent-IRBM, de Pomezia, nos arredores de Roma.
A expectativa é de que o primeiro lote da vacina fique pronto ainda este ano. Segundo ele, com a assinatura do acordo, "surge um primeiro passo promissor para a Itália e a Europa" tendo em vista que a vacina é a única solução definitiva para combater a covid-19.
O ministro da Saúde italiano explicou que esta vacina é a mais promissora, mas ainda não existe certeza de que é a cura. "A vacina nasceu nos laboratórios de Londres, na Universidade de Oxford. A notícia que é relevante para nós é que, dentro desse lote de produção e distribuição da vacina, a Itália é a protagonista não apenas porque somos signatários do primeiro contrato, mas também porque há uma precipitação em Pomezia, na IRBM, que é uma realidade italiana" Na busca pela vacina, a Itália assume a liderança", finalizou.