O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, anunciou nesta segunda-feira (21) que o país passará a exigir um teste para detectar o novo coronavírus (Sars-CoV-2) de todas as pessoas que retornem ou venham de Paris.
A regra também valerá para departamentos franceses que têm altos índices de contaminação por covid-19: Auvérnia-Ródano-Alpes, Córsega, Altos da França, Nova Aquitânia, Occitânia e Provença-Alpes-Costa Azul.
"Assinei uma nova ordem que estende a obrigação de testes moleculares ou antígenos aos cidadãos provenientes de Paris e de outras áreas da França com significativa circulação do vírus. Os dados europeus não podem ser subavaliados", escreveu o ministro em sua página no Facebook.
Speranza ainda lembro que a Itália "está melhor" nos números do que outras nações europeias atualmente, mas que "é ainda necessário ter muita prudência para não desperdiçar os sacrifícios feitos até agora".
Assim como as outras nações da Europa, o país registrou um aumento no número de contágios após a reabertura da economia e de todos os serviços. E, mesmo que há sete semanas consecutivas haja aumento nos números, os dados mostram que a média móvel dos últimos sete dias está em 1.487 novas infecções - muito diferente da França, que tem uma média de praticamente 10 mil casos diários.
No sábado (19), o país bateu seu recorde de contágios em 24 horas, com 13.498 contaminados. Ontem (20), foram 10.569, mas os domingos tendem a ser o dia com os registros mais baixos por conta das atualizações dos departamentos.
A França, inclusive, tem 55 dos seus 101 departamentos na chamada "zona vermelha", que considera áreas de alta circulação do Sars-CoV-2 aquelas que contabilizem mais de 50 casos a cada 100 mil habitantes nos últimos sete dias.
Com o anúncio desta segunda, a França está no grupo que conta ainda com Espanha, Croácia, Malta e Grécia. Desde 12 de agosto, os italianos que voltam desses quatro países tem a exigência de apresentar um teste negativo para a covid-19.
- Brasil continua em 'lista proibida': O decreto de Speranza continuará a manter o Brasil e outros 16 países na lista de países "proibidos". O decreto veta a entrada de brasileiros ou de voos que fizeram escalas no Brasil para viagens não essenciais. Também estão na lista pessoas que moram na Armênia, Bahrein, Bangladesh, Bósnia Herzegovina, Chile, Kuwait, Macedônia do Norte, Moldávia, Omã, Panamá, Peru, República Dominicana, Sérvia, Montenegro, Kosovo e Colômbia. .