A Itália registrou nesta quarta-feira (26) mais 1.367 novos casos do coronavírus Sars-CoV-2, maior número desde 12 de maio, quando haviam sido contabilizados 1.402 contágios.
O boletim foi divulgado pelo Ministério da Saúde e confirma a tendência de alta na curva epidemiológica no país: nos últimos cinco dias, a Itália registrou mais de mil novos casos em três, algo que não acontecia desde a primeira quinzena de maio.
Com o crescimento das últimas semanas, os números diários voltaram ao patamar anterior ao relaxamento da quarentena, iniciado em 18 de maio, com a reabertura de restaurantes, salões de beleza, lojas e igrejas e o fim da obrigação de ficar em casa.
Outro indicador que evidencia a tendência de alta na curva epidemiológica é a média móvel de novos casos em sete dias: o índice chegou em 1.039 nesta quarta-feira, maior número desde 13 de maio (1.092).
Além disso, o país contabiliza 4.408 diagnósticos positivos entre domingo e quarta, quase a mesma cifra da semana passada inteira (4.707).
Mortes
Até o momento, no entanto, o crescimento dos casos na Itália não teve impacto no número de mortes. O país registrou 13 óbitos nesta quarta, maior cifra desde 8 de agosto (13), mas vinha de uma sequência de 13 dias seguidos com menos de 10 falecimentos a cada 24 horas.
Isso pode ser explicado pela redução da idade média dos contaminados - as pessoas de até 40 anos, especialmente voltando de férias no exterior, são o novo vetor da pandemia - e pela melhoria dos tratamentos e das condições do sistema sanitário.
A Itália ainda soma 206.329 pacientes curados e 20.753 casos ativos, sendo 69 na UTI, 1.055 em acompanhamento hospitalar e 19.629 em isolamento domiciliar.