Exatos 30 dias após anunciar que havia contraído o novo coronavírus (Sars-CoV-2), o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, voltou às atividades e deu uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 27.
O chefe do governo ficou internado por uma semana no hospital St. Thomas, tendo que ir para a unidade de terapia intensiva durante três dias para tratar da doença. Desde o dia 12 de abril, no entanto, Johnson estava finalizando o tratamento em uma das residências oficiais do governo.
Em sua primeira aparição, o premier afirmou que o Reino Unido "está começando a reverter a tendência" na luta contra pandemia e que a possibilidade de um segundo pico de contágio seria um "desastre".
"O vírus é um agressor inesperado e invisível em seu ataque físico, como posso falar com experiência pessoal", disse aos presentes ressaltando que as medidas de isolamento social - que o próprio Johnson criticava no início - foram fundamentais para evitar um cenário ainda pior.
"Esse é um momento de oportunidade, mas também de máximo risco. Sei que muita gente olha para nosso aparente sucesso e se pergunta se não é hora de afrouxar as medidas de distanciamento social", falou ainda ressaltando que esse, "infelizmente", não é o momento.
Segundo o premier, há a necessidade de cumprir cinco condições para superar o momento de lockdown: "queda no número de mortes, a proteção do Serviço Sanitário Nacional (NHS), a queda na taxa de difusão de infecções, a solução do desafio dos testes em massa e a garantia de evitar um segundo pico".
"Quando forem atingidas, aí será o momento de andar para uma segunda fase na qual continuaremos a combater a doença e para conter o ritmo de propagação, mas também para reduzir gradualmente as restrições econômicas e sociais e reacender um por um dos motores da vasta economia", ressaltou. Johnson ainda agradeceu seu ministro, Dominic Raab, e todos os membros do governo por terem cuidado da política por um período "mais longo do que eu queria".
Até o momento, o Reino Unido tem 154.037 casos confirmados do novo coronavírus - sexto no mundo - e 20.732 mortes.
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