Lilly interrompe teste de medicamento com anticorpos

Trump elogiou o medicamento da Lilly, juntamente com o tratamento com anticorpos da Regeneron Pharmaceuticals

13 out 2020 - 19h00
(atualizado às 19h32)

A farmacêutica norte-americana Eli Lilly informou nesta terça-feira que o ensaio clínico apoiado pelo governo dos Estados Unidos para tratamento da covid-19 com anticorpos, semelhante ao tomado pelo presidente Donald Trump, foi interrompido por causa de uma preocupação de segurança.

Logo da Lilly em prédio da empresa em Fegersheim, perto de Estrasburgo, na França
01/02/2018
REUTERS/Vincent Kessler
Logo da Lilly em prédio da empresa em Fegersheim, perto de Estrasburgo, na França 01/02/2018 REUTERS/Vincent Kessler
Foto: Reuters

Trump elogiou o medicamento da Lilly, juntamente com o tratamento com anticorpos da Regeneron Pharmaceuticals que ele recebeu contra a covid-19, como potenciais "curas", em um vídeo publicado na semana passada.

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O anúncio foi feito um dia depois que a Johnson & Johnson disse que foi forçada a interromper um teste de larga escala de sua vacina experimental contra o coronavírus porque um voluntário ficou doente. A J&J afirmou que ainda não sabe se essa pessoa recebeu a vacina ou um placebo.

A Lilly disse no início deste mês que estava solicitando autorização de uso de emergência para o medicamento com anticorpos LY-CoV555 para pacientes com Covid-19 leve a moderada, com base em dados de outro ensaio clínico.

A farmacêutica, com sede em Indianápolis, não comentou as implicações para o ensaio paralisado, denominado ACTIV-3, que está testando o tratamento em doentes que necessitam de hospitalização, ou para seus outros testes em curso.

"Por precaução, o conselho independente de monitoramento de segurança de dados ACTIV-3 (DSMB) recomendou uma suspensão", disse a porta-voz da Lilly, Molly McCully, em um comunicado por e-mail. "A Lilly apoia a decisão do DSMB independente de garantir cautelosamente a segurança dos pacientes participantes deste estudo."

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As ações da Lilly caíram quase 3%.

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