A farmacêutica norte-americana Eli Lilly informou nesta terça-feira que o ensaio clínico apoiado pelo governo dos Estados Unidos para tratamento da covid-19 com anticorpos, semelhante ao tomado pelo presidente Donald Trump, foi interrompido por causa de uma preocupação de segurança.
Trump elogiou o medicamento da Lilly, juntamente com o tratamento com anticorpos da Regeneron Pharmaceuticals que ele recebeu contra a covid-19, como potenciais "curas", em um vídeo publicado na semana passada.
O anúncio foi feito um dia depois que a Johnson & Johnson disse que foi forçada a interromper um teste de larga escala de sua vacina experimental contra o coronavírus porque um voluntário ficou doente. A J&J afirmou que ainda não sabe se essa pessoa recebeu a vacina ou um placebo.
A Lilly disse no início deste mês que estava solicitando autorização de uso de emergência para o medicamento com anticorpos LY-CoV555 para pacientes com Covid-19 leve a moderada, com base em dados de outro ensaio clínico.
A farmacêutica, com sede em Indianápolis, não comentou as implicações para o ensaio paralisado, denominado ACTIV-3, que está testando o tratamento em doentes que necessitam de hospitalização, ou para seus outros testes em curso.
"Por precaução, o conselho independente de monitoramento de segurança de dados ACTIV-3 (DSMB) recomendou uma suspensão", disse a porta-voz da Lilly, Molly McCully, em um comunicado por e-mail. "A Lilly apoia a decisão do DSMB independente de garantir cautelosamente a segurança dos pacientes participantes deste estudo."
As ações da Lilly caíram quase 3%.