Maior parte de casos na Itália é assintomática, diz ministro

Speranza pediu prudência porque crise 'só acaba com vacina'

11 jun 2020 - 09h05
(atualizado às 11h14)
Itália vem retomando serviços desde 4 de maio e está conseguindo controlar números da pandemia
Itália vem retomando serviços desde 4 de maio e está conseguindo controlar números da pandemia
Foto: ANSA / Ansa

O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, participou de uma audiência da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (11) para explicar as medidas tomadas durante a nova fase de combate ao novo coronavírus (Sars-CoV-2) no país e afirmou que a maioria dos casos atualmente registrados são assintomáticos.

"Aumentam os curados, reduziu-se a curva de contágio com muitas regiões a zero, diminuem os mortos. São dados encorajantes que, no entanto, refletem só uma parte da realidade. As análises revelam indicações precisas que não podemos subavaliar. A epidemia não acabou. Há ainda focos de transmissão e o vírus, mesmo que de forma reduzida e com uma prevalência de casos assintomáticos, continua a circular", disse os deputados.

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Segundo Speranza, a Itália está "no caminho certo" para combater a Covid-19, mas o "inimigo não foi vencido". "Preciso convidar a todos a uma convicta e responsável prudência, mais uma vez. Porque conviver com o Covid, em uma situação em que aumentam as atividades e se liberam as movimentações, deriva inevitavelmente a multiplicação da possibilidade de encontrar o vírus", ressaltou.

Desde o dia 4 de maio, a Itália encerrou o período de lockdown - instaurado em março - e vem liberando gradualmente tanto as atividades pessoais e individuais como setores do comércio e da indústria. No dia 3 de junho, houve a maior liberação, com a possibilidade de que os cidadãos voltem a circular entre as regiões e entre países da União Europeia.

Mesmo com o afrouxamento, o país vem conseguindo controlar o avanço da doença, com números considerados sob controle.

Por isso, o ministro reforçou que as medidas de segurança sanitária devem ser respeitadas, como a obrigação do uso das máscaras de proteção, o pedido para evita aglomerações, ficar em casa o máximo possível e avisar um médico assim que apresentar os primeiros sintomas da doença.

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"É preciso continuar respeitando rigorosamente as medidas da quarentena. Por isso, não podemos baixar a guarda no respeito dos protocolos de segurança definidos para a reabertura das atividades produtivas, comerciais e as atividades autorizadas. É preciso continuar com as atividades de monitoramento e rastreamento também com as novas tecnologias e com a pesquisa sorológica em curso", pontuou.

Para essa nova fase, Speranza ressaltou que é importante "manter alto o número de testes" para detectar rapidamente novas infecções e que, em caso de um novo foco de potencial perigo, "não vamos hesitar nem por um segundo para tomar novas medidas rigorosas se necessário".

O ministro ressaltou, como vem sendo mantido pelo governo nas últimas semanas, que apesar da aparente normalidade, apenas com uma vacina todos estarão "seguros" de fato.

Até o momento, a Itália contabiliza 235.763 contaminações, 34.114 óbitos e 169.939 curados da Covid-19.

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