Maioria aprova isolamento para todos para conter covid-19

67,3% dos entrevistados defendem isolamento amplo, independentemente de integrar grupos de risco; maioria espera piora do emprego

12 mai 2020 - 12h19
(atualizado às 12h31)

BRASÍLIA - A maior parte da população aprova o isolamento social como medida de combate ao novo coronavírus. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com o Instituto MDA divulgada nesta terça-feira, 12. O levantamento aponta ainda que a reprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro subiu 12 pontos e bateu recorde em meio à pandemia.

Para 67,3% dos entrevistados, o distanciamento deve ser praticado por todos, independentemente de ser ou não do grupo de risco da doença. Outros 29,3% consideram que o isolamento social deve ser feito apenas pelas pessoas que fazem parte do grupo de risco (idosos e pessoas com doenças crônicas) e 2,6% acreditam que não deveria existir isolamento algum.

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Diante das divergências na atuação do presidente e governadores, a pesquisa também consultou os entrevistados sobre as ações tomadas pelo governo federal e pelos governos estaduais durante a pandemia. Neste caso, os governadores (69,2%) têm índice de aprovação maior do que o do governo Jair Bolsonaro (51,7%).

De acordo com a pesquisa CNT/MDA, 51,7% disseram que aprovam a atuação do governo federal no combate à pandemia da covid-19, enquanto 42,3% desaprovam. Enquanto isso, 69,2% das pessoas afirmaram que aprovam a atuação do governo estadual, enquanto 26,8% desaprovam.

Maioria dos brasileiros espera piora do emprego

Ainda de acordo com a pesquisa CNT/MDA, uma parte expressiva da população (68,1%) considera que a empregabilidade vai piorar nos próximos seis meses, ante 15,1% que acreditam que vai melhorar. Outros 14,4% consideram que o cenário vai ficar igual.

A expectativa também é negativa quando a pergunta é sobre renda mensal. Para 46,7%, os rendimentos vão piorar nos próximos seis meses. Outros 41,6% acham que vai ficar igual e 8,8% acreditam que vai melhorar.

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Na área da saúde, a maior parte (52,3%) dos entrevistados pela pesquisa avalia que também vai piorar, enquanto 23,3% acham que vai melhorar e 22,7% consideram que vai ficar igual.

O Ministério da Saúde prevê que o período mais crítico do novo coronavírus no Brasil deva ocorrer entre maio e agosto.

Foram feitas 2.002 entrevistas por telefone, com pessoas de 494 municípios de 25 Unidades da Federação, entre os dias 7 a 10 de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais.

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