A Itália voltou a bater um recorde no número de contágios pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) neste domingo (18). Segundo o boletim do Ministério da Saúde, foram 11.705 casos confirmados em 24 horas - mesmo com a realização de 20 mil testes a menos do que no sábado (17).
Desde quarta-feira (14), o país vem batendo recordes diários de contaminações, tendo 7.332 naquele dia; 8.804 no dia 15; 10.010 no dia 16; e 10.925 no dia 17 de outubro. Antes dessa nova onda, o pico de casos diários havia sido contabilizado em 21 de março, quando foram 6.557 diagnósticos positivos.
A maior quantidade de notificações veio da Lombardia - com 2.974 novos casos - e outras três regiões passaram de mil contaminações em um dia: Campânia (1.376), Lazio (1.198) e Piemonte (1.123). Com isso, a Itália contabiliza 414.241 diagnósticos positivos para a Covid-19 desde fevereiro deste ano.
O número de casos ativos, que descarta as curas e os óbitos, aumentou 8% na comparação com o sábado, sendo 9.302 em números totais. Ao todo, são 126.237 pessoas que lutam contra o novo coronavírus na Itália atualmente - o maior número de toda a crise sanitária.
Destes, 118.356 estão em isolamento domiciliar, 750 em unidades de terapias intensiva (UTIs) - 45 a mais do que no sábado - e 7.131 internados em outros departamentos hospitalares - 514 a mais do que ontem.
O maior incremento no número de pacientes em UTI ocorreu na Lombardia, com uma alta de 14 pacientes em apenas 24 horas. "Aumentam as internações nas UTIs e estão em constante crescimento os casos positivos. A situação na Lombardia está crítica, mas em particular, em Milão e na cidade metropolitana. Precisamos da ajuda dos cidadãos para parar a disseminação do vírus", disse o diretor-geral da Agência de Tutela da Saúde (ATS) de Milão, Walter Bergamaschi.
No mesmo período, foram registradas 69 óbitos - 22 a mais do que ontem. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos sete dias passou de 48 para 54 vítimas.
Neste domingo, o governo italiano irá anunciar uma série de novas restrições para tentar conter o avanço da segunda onda do coronavírus no país, que devem incluir determinações que atingem o setor de bares e restaurantes. .