BRASÍLIA - O Ministério da Saúde reforçou o alerta sobre a necessidade de isolamento social nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Manaus e Brasília. As cinco capitais registram os maiores índices de casos de contaminação e quadro vulnerável para expansão acelerada de casos e óbitos nas próximas semanas.
Em todas elas tem ocorrido afrouxamento das quarentenas, com aumento de circulação de pessoas nas ruas e abertura de comércios, apesar de decretos estaduais proibirem o funcionamento de boa parte das operações.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, disse que a expectativa de pico das contaminações continua a ser esperada para o fim de abril e início de maio. "A previsão do pico continua a ser essa. Nesses locais que estão com sinal vermelho, com aumento considerável de casos, temos que dar a máxima atenção ao isolamento. Isso não significa manter todos os municípios do Estado com o mesmo comportamento, mas as cidades em situação mais crítica", comentou, durante divulgação do boletim de saúde nesta quinta-feira (9).
Pelo terceiro dia consecutivo, o Brasil registrou novo recorde de mortes decorrentes do novo coronavírus em um único dia. De ontem para hoje, foram 141 óbitos. No total, são pelos menos 941 pessoas foram vítimas da doença no País. O número total de casos oficialmente confirmados subiu de 15.927 para 17.857 casos, um aumento de 12% em apenas 24 horas.
Os Estados com maior número de casos são: São Paulo (7.480 e 496 mortos), Rio de Janeiro (2.216 e 122 mortos), Ceará (1.425 e 55 mortos), Amazonas (899 casos e 40 mortos), e Minas Gerais (655 casos e 15 mortos).
Incidência
A cidade de Fortaleza registra hoje, proporcionalmente, o maior número de contaminações em todo o país, com incidência de 43,9 casos para cada 100 mil habitantes. São Paulo tem 40,4 casos para cada 100 mil pessoas. Esse volume, no entanto, está diretamente associado à quantidade de testes de coronavírus feitos nas cidades, portanto ainda não expressam um comportamento preciso sobre a situação geral, embora sirvam de indicador para que o Ministério da Saúde oriente suas ações de apoio à saúde local.
Se consideradas as mortes registradas a cada 100 mil habitantes, os municípios mais afetados são São Paulo (2,8), Fortaleza (1,5), Rio Negro e Solimões, no Amazonas (1,3), Franco da Rocha, em São Paulo (1,3) e Campo Mourão, no Rio Grande do Sul (1,2).