Ministério da Saúde suspende contrato para compra da Covaxin

Marcelo Queiroga anunciou a interrupção do contrato de aquisição da vacina indiana, que levou o governo ao centro da CPI da Covid

29 jun 2021 - 16h35
(atualizado às 18h08)
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante coletiva de imprensa
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante coletiva de imprensa
Foto: GABRIELA BILÓ / Estadão Conteúdo

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que a Pasta decidiu suspender nesta terça-feira, 29, o contrato do governo para a compra de doses da vacina indiana Covaxin até que as denúncias de irregularidades sejam apuradas.

Queiroga disse, em coletiva de imprensa nesta tarde, que a decisão foi tomada após recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU), que iniciou uma apuração sobre as suspeitas levantadas com relação ao contrato.

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“Em relação ao contrato da vacina Covaxin, que tem sido motivo de discussões, eu tenho trabalhado em parceria com o ministro da CGU, esse assunto foi discutido, e por orientação dela, por uma questão de conveniência e oportunidade, decidimos suspender o contrato para que análises mais aprofundadas sejam feitas”, pontuou o ministro.

As supostas irregularidades foram denunciadas pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, à CPI da Covid, e colocaram o governo Jair Bolsonaro no centro das investigações da comissão no Senado.

Segundo a denúncia, o governo firmou uma negociação para a compra de 20 milhões de doses do imunizante por R$ 1,6 bilhão, valor que teria sido superfaturado em 1000%, acusação que o Planalto nega. 

Documentos obtidos pela CPI mostram que o valor contratado pelo governo brasileiro, de US$ 15 por vacina (R$ 80,70), ficou bem acima do preço inicialmente previsto pela empresa Bharat Biotech, de US$ 1,34 por dose.

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Após os depoimentos, senadores apresentaram uma notícia-crime por prevaricação contra Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: Redação Terra
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