A Espanha registrou 655 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, um número menor do que as 700 de quarta-feira, 25, informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 26, enquanto o total de fatalidades no país ultrapassou 4 mil.
O número total de casos de coronavírus subiu de 47.610 para 56.188 na quarta-feira. As mortes causadas pelo vírus subiram para 4.089, ante as 3.434 de quarta-feira, informou o ministério.
A Espanha agora tem o segundo maior número de mortes no mundo, depois dos 6.820 da Itália. Ambos os países superaram a Chine. Uma pista de patinação em Madri foi transformada em um necrotério improvisado, e dezenas de mortes estão sendo registradas em lares de idosos em todo o país.
Profissionais de saúde da Espanha, que respondem por milhares dos infectados, entraram com ações judiciais contra o governo, queixando-se da falta de equipamentos básicos de proteção, como máscaras, jalecos e luvas.
O Exército espanhol pediu à Otan ventiladores pulmonares, equipamentos de proteção e kits de teste, disse o chefe das Forças Armadas, Miguel Villarroya, na quarta-feira.
A Espanha está no 12º dia de um bloqueio nacional de 15 dias, que provavelmente será estendido para 30 dias. Escolas, bares, restaurantes e a maioria das lojas estão fechadas. Reuniões sociais são proibidas. As pessoas estão confinadas em suas casas.
"Alcançamos uma redução quase total no contato social", disse o chefe de emergência em saúde, Fernando Simon, em entrevista coletiva, acrescentando que a Espanha estava chegando ao auge da epidemia.
Além do impacto devastador na saúde, o bloqueio foi um golpe punitivo para a economia espanhola, com dezenas de milhares de trabalhadores temporariamente afastados, à medida que setores como varejo, turismo e manufatura pararam.