Número de internados em UTI na cidade de SP cresce quase 600% em um mês

Número de leitos ocupados na segunda-feira (24) foi de 363; na mesma data do mês passado, havia 52 pacientes internados em UTI

24 jan 2022 - 20h41
(atualizado às 20h53)
Paciente com Covid-19 em hospital de São Paulo
08/04/2021
REUTERS/Amanda Perobelli/File Photo
Paciente com Covid-19 em hospital de São Paulo 08/04/2021 REUTERS/Amanda Perobelli/File Photo
Foto: Reuters

O número de pacientes com Covid-19 internados em leitos de terapia intensiva (UTI) da rede municipal de saúde aumentou quase 600% em um mês em São Paulo. Segundo o boletim epidemiológico da capital, havia 363 pacientes em UTI nesta segunda-feira (24). Na mesma data do mês passado, o quantitativo era de 52.

Na semana passada, o número de internações em UTI covid foi de 325. Isso significa que houve um aumento de pouco mais de 11% nos últimos sete dias.

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Desde o dia 17 de janeiro, o número de pacientes em leitos de terapia intensiva não fica abaixo de 320. Entre 24 de dezembro e 11 de janeiro, o número estava na casa das dezenas.

Atualmente, a taxa de ocupação das UTIs está em 72%. Esse porcentual, no entanto, também é influenciado pela quantidade de leitos abertos na cidade, que variou ao longo desses trinta dias.

Na segunda, 458 pacientes diagnosticados com covid ocupavam leitos de enfermaria. Há um mês, esse número era de 126. Ou seja, um aumento de 263%.

O médico Gonzalo Vecina atribui o aumento das internações à transmissibilidade da variante Ômicron - que fez o número de casos de covid explodir ao longo das últimas semanas. Além disso, a uma maior "permissividade" da população, principalmente dos mais jovens, que tem deixado cuidados não farmacológicos, como o uso de máscara e o exercício do distanciamento social, de lado.

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"Mas isso não vai durar como foi com a (variante) Gama", avalia. Ele fala isso ao lembrar da expansão da Ômicron na África do Sul e na Europa.

Para ele, a "situação seria muito pior" sem o avanço da vacinação contra a covid no País. O sanitarista avalia que boa parte das internações em terapia intensiva são de pessoas não vacinadas ou daquelas que não buscaram pela dose de reforço.

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