OMS alerta para problemas de abastecimento e pede mais voos

Entidade diz que remessas globais de vacinas foram prejudicadas pela pandemia do novo coronavírus

28 abr 2020 - 09h41
(atualizado às 09h54)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira uma quantidade maior de voos para acelerar as remessas de conjuntos de exames e equipamentos de proteção para áreas em que a covid-19 está se disseminando, especialmente a América Latina.

Logo da OMS em Genebra
30/01/2020 REUTERS/Denis Balibouse
Logo da OMS em Genebra 30/01/2020 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

Paul Molinaro, chefe de apoio operacional e logística da OMS, disse que as remessas globais de vacinas foram prejudicadas em abril e que, se isso continuar em maio, haverá lacunas nas imunizações de rotina e nas campanhas contra surtos de outras doenças.

Publicidade

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas relatou os primeiros transtornos em algumas cadeias de suprimento de comida que "podem fazer estragos", disse ele. "Vimos o sistema de transporte aéreo internacional, do qual somos bastante dependentes para a movimentação de cargas, parar gradualmente".

"Então estamos em um ponto agora no qual precisamos procurar soluções para isto", afirmou Molinaro durante um briefing de notícias virtual da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra.

Os Emirados Árabes Unidos forneceram aviões para coletar suprimentos na China, que depois são distribuídos através de um polo de Dubai, disse ele, acrescentando que outros países disponibilizaram recursos aéreos.

"Na aviação comercial, sempre estamos dispostos a aceitar mais ofertas. Apelamos constantemente por mais ofertas de recursos, ou transporte aéreo extremamente descontado", declarou Molinaro.

Publicidade

A demanda disparou durante a crise de coronavírus, mas a OMS conseguiu adquirir e distribuir 1,1 milhão de conjuntos de diagnósticos, e mais 1,5 milhão estão a caminho, disse ele. A entidade sediada em Genebra se beneficiou de alguns preços preferenciais e almeja obter 9 milhões de conjuntos de exames por meio de consórcios.

Segundo relatos, cerca de 3,03 milhões de pessoas de todo o mundo já foram infectadas na pandemia do novo coronavírus e 210.263 morreram, de acordo com a contagem mais recente da Reuters.

O Panamá servirá como um polo de distribuição regional de equipamentos de proteção pessoal e outras suprimentos na América Latina depois de atrasos provocados pela distância e outros problemas, disse Molinaro.

"Estamos cientes de (que houve) dificuldades para suprir a América Latina no início, e na época a quantidade de casos não era alta e estávamos concentrados em outras áreas", disse. "Certamente a situação mudou e agora estamos em vias de planejar para que as próximas aquisições e volumes de levas que conseguirmos, ao menos de EPIs (equipamentos de proteção individual), siga naquela direção, e dentro dos planos de exames também haverá alocação."

Publicidade

Veja também:

'Não é gripezinha': o que dizem os curados do coronavírus
Video Player
Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações