OMS envia equipe para Wuhan para análise da origem da covid

Diretor diz que cidade pode não ter sido a responsável por crise

4 ago 2020 - 11h49
(atualizado às 11h56)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta terça-feira (04) que uma equipe de investigadores da entidade estão na China para verificar as origens da pandemia do novo coronavírus.

Logo da OMS na sede da entidade em Genebra
25/06/2020 REUTERS/Denis Balibouse
Logo da OMS na sede da entidade em Genebra 25/06/2020 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

Entre os locais visitados pela equipe, está Wuhan, onde foi registrado o primeiro epicentro da crise sanitária - que depois se espalhou para o mundo. Logo que foram contabilizados os casos iniciais da até então "misteriosa pneumonia", o governo chinês decretou o fechamento de um mercado de animais selvagens na cidade, pois alguns dos pacientes eram vendedores ou clientes do local.

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Segundo o diretor executivo do Programa para Emergências Sanitárias da OMS, Michael Ryan, a equipe fará uma missão de três semanas para começar a embasar as análises de um comitê mais amplo, que ainda será anunciado e que tentará entender como que o Sars-CoV-2 fez o chamado "salto de espécie" para atingir os humanos.

Ryan afirmou na coletiva que será um "estudo epidemiológico muito mais amplo", feito por cientistas internacionais, mas que a principal suspeita é de que o vírus tenha surgido de morcegos e passado para os humanos por um outro "animal intermediário".

No entanto, o diretor não descartou que possam haver "surpresas" nessa pesquisa, ressaltando que "o fato de que o alarme de incêndio foi ativado lá [em Wuhan] não significa, necessariamente, que foi lá que a doença passou de animas para os humanos".

A investigação faz parte de uma ampla ação que a OMS está fazendo tanto para avaliar sua resposta à pandemia da covid-19 como para entender o que causou uma dimensão de casos tão grandes. Até hoje, não se sabe qual animal provocou o "salto de espécie".

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Um estudo chinês descartou que o Sars-CoV-2 tenha chegado até os humanos pelo consumo da carne do pequeno pangolim - o mamífero mais traficado do mundo.

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