O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quinta-feira que vai cumprir a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a imediata instalação da CPI da Covid na Casa, embora tenha considerado que a determinação judicial é "equivocada" e invoca precedentes inadequados.
Em entrevista coletiva após a divulgação da decisão de Barroso, Pacheco disse que deverá cumprir os trâmites para instalar a comissão de inquérito na próxima semana, ao pedir aos partidos que façam a indicação dos nomes para compor o colegiado.
Entretanto, em vários momentos, o presidente do Senado criticou a decisão do STF ao avaliar que a CPI poderá expor os senadores ao risco de serem contaminados pela Covid-19, uma vez que precisa ocorrer de forma presencial, e tem ainda condições de se tornar uma antecipação do palanque político para as eleições de 2022.
Pacheco disse que, desde que assumiu o comando do Legislativo, buscou fazer um enfrentamento "inteligente" da pandemia pautado pela pacificação, união e coordenação, procurando a todo momento a estabilidade política.
"Embora eu respeite aqueles que a desejem..., eu considero que a CPI da Pandemia, neste momento, vai ser um ponto fora da curva", disse ele, acrescentando que considera que o momento não seria o mais apropriado para realizar a comissão de inquérito.
O presidente do Senado disse que vai considerar recorrer da decisão que determinou a abertura da CPI.