Parisienses correram para as estações de trem nesta terça-feira para deixar a capital francesa antes da entrada em vigor de um confinamento determinado com o intuito de retardar as taxas de contágio do novo coronavírus.
Aqueles que ficaram para trás se dirigiram a supermercados e farmácias, mesmo que ambos permanecerão abertos, segundo as restrições públicas anunciadas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, na noite de segunda-feira.
O êxodo de Paris despertou aflição no interior da França, onde muitos temem que os moradores urbanos tragam o vírus com eles e acelerem a propagação.
Um homem aposentado, que abastecia seu carro perto da sede da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), disse que estava fugindo para sua casa de campo, 100 quilômetros a oeste de Paris.
"Melhor ficar lá do que preso em um apartamento", afirmou ele.
Além do controle das fronteiras do país, Macron ordenou que as pessoas ficassem em casa a partir do início da tarde desta terça-feira e saíssem apenas para comprar alimentos, viajar a trabalho se extremamente necessário, exercitar-se ou para cuidados médicos.
O Exército vai ajudar a transferir pacientes para os hospitais, disse o presidente.
O número de mortes por Covid-19 na França chegou a 148, com cerca de 6.600 casos confirmados.
Assim como em outros países europeus, como Itália, Alemanha e Espanha, escolas, restaurantes e bares estão fechados.
O ministro das Finanças, Bruno Le Maire, espera que a economia francesa encolha em 1% em 2020.