O ministro da Saúde da China anunciou nesta quarta, 18, que a província de Wuhan e a região de Hubei - que foram epicentro do novo coronavírus em dezembro de 2019 - não registraram nenhum novo caso de contaminação da doença. Além disso, a China não teve nenhum registro de contaminação local. Os 34 novos casos detectados no país foram de pessoas vindas do exterior.
Segundo informações oficiais, os casos importados são o maior aumento de registro da doença em duas semanas. Agora, são 189 casos importados no total.
Wuhan e Hubei estão isoladas do resto do mundo desde o final de janeiro. A quarentena continua, mas desde 14 de março, as restrições de deslocamento foram suavizadas para o alívio dos 50 milhões de habitantes da zona.
Depois da China, ao menos oito países adotaram medidas coercitivas em março para confinar a população: Itália (10), Espanha (14), Líbano (15 de março), República Checa (16), França (17), Israel (17), Venezuela (17) e Bélgica (18). A população desses lugares pode sair somente por motivo de trabalho, saúde ou compra em supermercado.
Aos poucos, os chineses tentam retomar a rotina normal. Nas grandes cidades, é possível ver os comércios voltando a abrir as portas. Mas, para entrar em restaurantes e supermercados, é preciso medir a temperatura, além de ser proibido sentar frente a frente.
Cada vez mais também é possível ver mulheres aposentadas indo a parques para dançar. Mas ainda usando máscaras. "Durante a epidemia, todo mundo tinha muito medo. Agora podemos relaxar", disse Wang Huixan, de 57 anos, que usava uma máscara de proteção. "Somos prudentes e mantemos distância para evitar qualquer risco de contágio", explicou, enquanto dançava a três metros de suas companheiras.
Quase 210 mil pessoas estão infectadas com o coronavírus no mundo e, nesta quarta, a Europa já superou a Ásia em número de mortos.
São 4.112 contra os 3.384. A Itália registrou 475 mortes por coronavírus em um dia, novo recorde desde o início da epidemia.
Com AP e AFP