A Pfizer anunciou nesta terça-feira (14) que uma análise final de seu antiviral contra covid-19 em comprimido ainda mostra quase 90% de eficácia para evitar hospitalizações e mortes e dados de laboratório recentes levam a crer que o remédio continua eficaz contra a variante Ômicron do coronavírus, que se dissemina rapidamente.
No mês passado, a farmacêutica norte-americana disse que o medicamento oral era cerca de 89% eficaz para evitar hospitalizações e mortes quando comparado ao placebo, com base em resultados preliminares de cerca de 1.200 pessoas. Os dados divulgados nesta terça-feira incluem mais mil pessoas.
Nenhum dos participantes do teste que recebeu o tratamento da Pfizer morreu. Entre os que receberam o placebo, houve 12 mortes.
Os comprimidos da Pfizer são administrados com o antiviral ritonavir mais antigo a cada 12 horas durante cinco dias pouco depois do surgimento de sintomas. Se autorizado, o tratamento será vendido sob o nome comercial Paxlovid.
A Pfizer também divulgou dados iniciais de um segundo teste clínico que mostraram que o tratamento diminuiu as hospitalizações em cerca de 70% em aproximadamente 600 adultos de risco convencional.
"É um resultado surpreendente", disse o cientista-chefe da Pfizer, Mikael Dolsten, em uma entrevista.
Dolsten disse que espera uma autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) e de outras agências reguladoras para uso do medicamento em indivíduos de alto risco em breve.