Professora do Rio cria vídeos para contar histórias lúdicas

Cleide Arantes, professora da rede pública no Rio de Janeiro, diz que as videoaulas servem para as crianças não perderem a rotina escolar

24 mar 2020 - 16h40
(atualizado às 17h06)

Unir criatividade e solidariedade neste momento é um desafio que requer esforço, dedicação e boas ideias. Foi o que conseguiu a professora de educação infantil da rede municipal do Rio, Cleide Arantes, ao produzir vídeos curtos com histórias para entreter crianças e, por extensão, os adultos confinados em casa em razão da propagação do novo coronavírus.

Em cinco dias, ela criou três enredos, repassou aos amigos, parentes e conhecidos pelo Whatsapp e, diante de tanta repercussão, resolveu usar um canal no Youtube (Cleide Arantes - Tia Cleide) para divulgá-los.

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Professora de educação infantil da rede municipal do Rio, Cleide Arantes, produz vídeos curtos com histórias para entreter crianças.
Professora de educação infantil da rede municipal do Rio, Cleide Arantes, produz vídeos curtos com histórias para entreter crianças.
Foto: Foto/Divulgação

“As histórias pretendem despertar alegria e prazer. São videoaulas ou videoatividades que podem servir para as crianças não mudarem muito a sua rotina durante esse período de quarentena”, explica Cleide, que trabalha na creche municipal São Miguel Arcanjo, em Madureira, bairro da zona norte do Rio em que já foi registrada contaminação pela Covid-19.

No primeiro vídeo, ela aborda o tema da sustentabilidade e dá vida a um boneco feito de material reciclável. Depois, pede que seus ouvintes lhe enviem a sugestão de um nome para batizar aquela figurinha que ganha corpo a partir de uma garrafa plástica, rolo de papel higiênico, tampinha e filtro de papel de café.

“As crianças e os adultos também podem criar em casa o seu próprio boneco com sucata, aquele material que a gente joga fora, caixinhas, potes, embalagens de papelão, garrafinhas. Isso ocupa o tempo, diverte e pode unir quem está no regime de isolamento.”

No segundo, a proposta é de uma brincadeira de adivinhação, no qual Cleide desenha objetos, astros e animais por etapas, com o mote de que rir ‘é o melhor remédio’. O outro segue a linha do anterior, com elementos da natureza.

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“Essas atividades foram sugeridas pelas minhas diretoras, Renata Tavares e Adriane Dias, e colegas de trabalho, como a professora articuladora Bruna Vieira, como incentivo para produzir essas gravações a fim de atender tantas crianças e suas famílias que passam por essa fase tão difícil, de confinamento. As respostas têm sido ótimas.”

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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