Putin diz que tomará vacina russa contra covid

Presidente da Rússia fez apelo pela imunização em massa

17 dez 2020 - 09h45
(atualizado às 10h24)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que ainda não foi inoculado com a vacina contra covid-19 produzida no país, mas afirmou que o fará assim que possível, e pediu que a população também tome o imunizante.

Jornalistas comparecem à entrevista coletiva de fim de ano do presidente russo, Vladimir Putin, realizada de forma online
17/12/2020
REUTERS/Maxim Shemetov
Jornalistas comparecem à entrevista coletiva de fim de ano do presidente russo, Vladimir Putin, realizada de forma online 17/12/2020 REUTERS/Maxim Shemetov
Foto: Reuters

"Quanto à necessidade de vacinação em massa ou universal, acho que isso deve ser feito... É exatamente isso que deve criar imunidade na população em todo o país", disse Putin.

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O líder russo toma grandes cuidados para não contrair o novo coronavírus -- ele está administrando o país mais amplo do mundo em sua residência nos arredores de Moscou, em vez de trabalhar no Kremlin.

Falando em sua coletiva de imprensa anual, o líder russo de 68 anos disse que os cidadãos de outras faixas etárias estão recebendo a vacina russa antes mesmo de ele ter acesso a ela.

"Sou uma pessoa bastante respeitadora das leis", disse Putin ao ser indagado se foi vacinado contra Covid-19. "Ouço as recomendações de nossos especialistas. Por isso ainda não recebi a vacina. Mas com certeza o farei assim que isso for possível".

Em junho, Dmitry Peskov, o porta-voz de Putin, disse que seu chefe é protegido do coronavírus por túneis especiais de desinfecção pelos quais qualquer pessoa que visite sua residência ou se encontre com ele no Kremlin precisa atravessar.

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Putin também passa por exames de detecção do vírus com frequência, disse Peskov.

A Rússia já registrou mais de 2,7 milhões de infecções e 49 mil mortes desde o início da pandemia.

Dados publicados nesta semana mostraram que a vacina Sputnik V, que agências reguladoras russas aprovaram em agosto depois de menos de dois meses de testes em humanos, é 91,4% eficaz.

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