O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse em depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira que o presidente Jair Bolsonaro não mencionou nominalmente a China no discurso em que insinuou que o país asiático teria criado o coronavírus, e disse que as relações sino-brasileiras são excelentes.
Queiroga afirmou ainda que mantém contato quase semanal com o embaixador da China no Brasil e que não tem conhecimento sobre indícios de uma eventual guerra química promovida pelo país asiático, após Bolsonaro ter sugerido na véspera que a China pode ter criado o novo coronavírus em uma guerra química.
O ministro disse ainda que o ministério contratou 430 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 e avaliou que a campanha de vacinação contra a doença no Brasil está sendo bem-sucedida. Segundo ele, declarações feitas por Bolsonaro contra vacinas desde o ano passado não têm impacto na adesão da população à vacinação.
O ministro defendeu ainda, durante o depoimento, que a adoção de um lockdown nacional para frear a disseminação do coronavírus não teria o efeito desejado pois, na avaliação dele, não haveria adesão da população. Ele afirmou também ser favorável a que Estados e municípios adotem medidas de restrição localmente, algo que Bolsonaro critica frequentemente.