O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira, 11, que até o final do ano será possível retirar a exigência do uso de máscaras no País com o avanço da campanha de vacinação contra a covid-19, uma vez que toda a população estará imunizada contra a doença.
"Eu garanto a vocês, em nome do presidente Jair Bolsonaro, que até o final do ano toda a população brasileira estará vacinada contra a covid-19. Poremos fim ao caráter pandêmico dessa doença para tirar de uma vez por todas essas máscaras", afirmou o ministro em discurso durante inauguração de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Brasília.
"Vamos poder tirar de uma vez por todas essas máscaras, e desmascarar aqueles que, mesmo que nunca tenham usados máscaras, precisam ser desmascarados", acrescentou, sem deixar claro a quem estava se referindo.
O Brasil vacinou até o momento 46,6 milhões de pessoas com as duas doses ou com imunizante de dose única, o que equivale a 29,5% da população adulta, enquanto 108,8 milhões de pessoas (68,8% da população) receberam apenas a primeira dose, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
O número de casos e mortes por covid-19 no País tem caído constantemente nas últimas semanas, mas há preocupações do próprio ministério com o retorno da doença em razão do alastramento da presença da variante Delta. Embora não prevalente no Brasil, ela tem sido responsável pelo aumento de registros da doença em países da Europa e nos Estados Unidos, por exemplo.
Em junho, o presidente Bolsonaro pediu um parecer a Queiroga para retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras para pessoas que se vacinaram ou já tiveram covid-19, mas o ministro tem dito que a decisão vai depender do avanço da campanha de imunização.
De qualquer forma, qualquer recomendação do ministério não poderia se sobrepor a uma lei nacional, aprovada no ano passado pelo Congresso, que exige o uso de máscaras em locais fechados, comércio, transporte coletivo e escolas, entre outros locais.
Além disso, o parecer também não poderia se sobrepor a regras estaduais e municipais sobre o tema, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os governos locais têm o poder de decidir sobre medidas de contenção da pandemia.