O governo do Reino Unido aprovou nesta terça-feira (14) a aplicação da dose de reforço de vacinas anti-Covid em pessoas com mais de 50 anos.
O anúncio foi feito pela diretora da Agência Regulatória de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA), June Raine, e pelo vice-diretor médico da Inglaterra, Jonathan Van-Tam.
Para o reforço, o Reino Unido usará preferencialmente a vacina da Biontech/Pfizer, mas também autorizou a da Moderna, com intervalo mínimo de seis meses entre a segunda e a terceira dose.
Ambas são fórmulas baseadas no RNA mensageiro (mRNA), uma sequência genética sintética que estimula a produção da proteína spike - espécie de coroa de espinhos do coronavírus Sars-CoV-2 - pelas células humanas, gerando resposta imune.
O cronograma da vacina de reforço começará pelos mais idosos, mas também incluirá pessoas entre 16 e 49 anos com comorbidades e trabalhadores da saúde e de asilos, além de indivíduos que convivem com imunossuprimidos.
Segundo Van-Tam, a vacinação já evitou 112 mil mortes e 24 milhões de casos de Covid no Reino Unido, mas ele advertiu que a pandemia ainda não acabou e que pode haver fases "acidentadas" no próximo inverno europeu.
Diversos países do mundo, como EUA, Brasil, Chile e os da União Europeia, já começaram a aplicar a terceira dose de vacinas anti-Covid, apesar da escassez de imunizantes em nível global.
Na África, por exemplo, apenas 3,7% da população está totalmente vacinada.
"Como responsáveis por um serviço sanitário nacional, estamos fortemente convencidos da necessidade de garantir vacinas a todo o mundo, mas, ao mesmo tempo, temos o dever de fazer o que for melhor para o Reino Unido", justificou Van-Tam.