Repórter da ESPN norte-americana, Alisson Williams não faz mais parte da emissora devido à obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19. Em suas redes sociais, a jornalista informou que não deseja receber o imunizante, mas que fez um apelo ao Grupo Disney, dono da ESPN, para que abrisse uma exceção, uma vez que está grávida do segundo filho. O pedido foi negado pela rede.
Desde 2011 na emissora, a repórter acompanhava o basquete e futebol americano universitário. Em setembro, Alisson Williams já havia comunicado que não marcaria presença em eventos esportivos pelo mandato da ESPN sobre a vacinação de seus mais de 5.500 mil funcionários.
"Além da preocupação médica sobre meu desejo de ter outro bebê e receber essa injeção, eu também sou moralmente e eticamente não alinhada com isso. Eu tive que ir a fundo e analisar meus valores e minha moral, e ultimamente tenho que colocá-los em primeiro lugar', disse Alisson, apesar de órgãos de regulamentação sanitária garantirem a segurança dos imunizantes em mulheres gestantes.
"Obviamente, não sei o que o futuro nos reserva. Estou tentando colocar minha cabeça no lugar e encarar que esse pode ser meu último campeonato nacional da carreira. Mas vou focar no que tenho para agradecer. Vou me segurar na minha fé. Vou rezar para que as coisas melhorem para que um dia eu volte a cobrir os jogos. Até lá, vou continuar abraçada no meu filho", completou.
Neste final de semana, outro jornalista da ESPN virou centro das atenções ao comentar sobre a vacinação de jogadores da NBA. O brasileiro Paulo Antunes repercutiu nas redes sociais ao defender atletas - entre eles, Kyrie Irving - que se recusam a tomar a vacina contra a covid-19.
No programa ESPN League, o jornalista do grupo Disney afirmou que entende a vontade destes jogadores pela velocidade do desenvolvimento do imunizante, apesar de dados comprovarem a eficácia do imunizante. Ontem, ele usou o Twitter para se defender. Paulo Antunes disse ser a favor da ciência e alegou não ser contra a vacinação.