Rio interrompe aplicação de 1ª dose por falta de vacinas

Ontem, o prefeito Eduardo Paes garantiu que haverá Réveillon e Carnaval em 2022

23 jul 2021 - 19h16
(atualizado às 19h23)

Um dia depois de o prefeito Eduardo Paes (PSD) garantir que haverá Réveillon e Carnaval no Rio de Janeiro em 2022, prevendo que até lá todos os moradores da cidade estarão vacinados contra a covid-19, na tarde desta sexta-feira (23) a prefeitura do Rio anunciou a suspensão da aplicação da primeira dose no município, por falta de vacinas.

Foto: Ramon Vellasco / Futura Press

"Por já ter aplicado todas as vacinas destinadas à primeira dose (D1) contra a covid-19 e para garantir estoque para as segundas doses (D2) programadas, o município do Rio de Janeiro suspenderá momentaneamente seu calendário de vacinação de D1 a partir de hoje (23). A vacinação será retomada assim que o Ministério da Saúde enviar nova remessa de vacinas", informou a prefeitura, em nota.

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Neste sábado (24) estava prevista a repescagem para homens e mulheres de 35 anos ou mais que houvessem deixado de tomar a primeira dose da vacina no dia correto. A segunda dose continua a ser aplicada a todos, na data registrada no cartão de vacinação.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, comentou a situação, pelas redes sociais: "Infelizmente as 7,5 milhões de doses recebidas pelo Ministério da Saúde nesta semana ainda não têm previsão para distribuição; com o atraso nesta entrega teremos que suspender a aplicação de primeira dose da vacina contra covid-19. A medida visa garantir o estoque para as pessoas que já estão agendadas para a realização da segunda dose da vacina", afirmou.

O prefeito Eduardo Paes também reclamou, por meio de seu perfil no Twitter: "Essa semana o Ministério da Saúde recebeu cerca de 7,5 mi de doses de vacina e até o presente momento não temos notícia de quando receberemos. Divulgamos nosso calendário de acordo com as chegadas informadas pelo ministério. Se não cumprirem, corremos o risco de atrasar. Não é possível que isso fique parado um minuto que seja. O motivo é simples: quanto mais tempo demora maior o risco de óbito. Não há nada mais importante a fazer nesse momento!"

Fiocruz

Nesta mesma sexta-feira, a Fundação Oswaldo Cruz informou ter entregue 3,8 milhões de doses da vacina da AstraZeneca ao Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde. "O insumo será liberado em duas remessas, sendo 197 mil doses direto para o Estado do Rio de Janeiro e o restante indo para o almoxarifado do Ministério da Saúde", diz nota da Fiocruz.

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Com a entrega, a Fiocruz atinge a marca de 78,2 milhões de doses da vacinas disponibilizadas ao Ministério da Saúde, sendo 74,2 milhões processadas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) e 4 milhões de doses importadas prontas do Instituto Serum, da Índia.

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